Campinas, Sumaré e Hortolândia Discutem Pronto-Socorro Metropolitano

14/08/2008

Autor: Denize Assis

No último dia 8 de agosto, o secretário de Saúde de Campinas, José Francisco Kerr Saraiva, reuniu-se com os secretários de Saúde de Sumaré, Roberto Marden, e de Hortolândia, Eugênio Sérgio Riani Casanova, para discutir a construção do Pronto-Socorro (PS) Metropolitano.

Este é o segundo encontro entre representantes destes municípios para debater o assunto. O primeiro ocorreu entre os prefeitos das três cidades. Todos concordam com a necessidade de uma unidade de urgência que atenda a população moradora nas áreas limítrofes entre as três cidades.

O PS será construído num local da região norte de Campinas, próximo ao Pronto-Socorro da Vila Padre Anchieta onde, atualmente, cerca de 40% dos atendimentos referem-se a moradores de Sumaré e Hortolândia. A previsão é que a unidade seja entregue para a população em 2009/2010.

Segundo o secretário de Saúde de Campinas, Campinas tem inserção metropolitana e, portanto, não pode ter uma visão isolada. “Nossa cidade se comunica com vários municípios que são separados geograficamente apenas por ruas, como ocorre com Sumaré e Hortolândia, como ocorre com Valinhos. Portanto, considerando a população destes locais que acaba sendo usuária dos equipamentos de Campinas, é necessário termos um entendimento metropolitano na área da saúde”, afirma.

José Francisco Saraiva diz que é necessário organizar, planejar e ampliar, junto com os municípios limítrofes, o atendimento à saúde da população para que se tenha equipamento adequado para a demanda, com melhores condições. “Criado há 10 anos, o PS Anchieta é referência para 400 mil habitantes, sem ter sido programado para uma população tão grande”, justifica.

O secretário afirma que, dentro do pacto entre os três municípios, é possível ampliar, por meio da Secretaria de Estado da Saúde e do Ministério da Saúde, os recursos que, atualmente, são oriundos apenas de Campinas.

“Quando são estabelecidas parcerias entre os municípios e é implementado um caráter metropolitano, o Ministério e o Estado passam a ter o entendimento de que está sendo realizado um investimento que contempla toda uma região e, dentro deste entendimento, fica muito mais fácil a liberação dos recursos não só para investimento, mas para manutenção e custeio”, diz José Francisco Saraiva.

O PS Metropolitano está sendo planejado nos moldes do PS do Campo Grande. Uma unidade moderna, com dimensionamento para uma população de 400 mil e que, portanto, necessita de um número mínimo de leitos - cerca de 35 leitos de observação -, que permita realizar entre 500 e 600 consultas por dia, contendo três equipes atendendo simultaneamente com pediatras, clínicos gerais, plantonistas de odontologia e outros.

A área está sendo definida. O projeto já está sendo elaborado e, aprovado pelos municípios, será levado para a região metropolitana de Campinas e também ao governo federal. “A idéia é fazer um PS Metropolitano à luz do que ocorre em outras regiões metropolitanas do Brasil e do mundo”.

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