Vacinação contra poliomielite e sarampo termina amanhã, dia 10

09/09/2004

Denize Assis

A Secretaria de Saúde de Campinas informa que termina nesta sexta-feira, dia 10 de setembro, a Campanha de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo. "É importante que as crianças ainda não vacinadas sejam levadas aos centros de saúde. A dose contra a paralisia infantil está indicada para a faixa etária de 0 a 5 anos e a vacina contra o sarampo para a população com idade entre 1 e cinco anos", diz a enfermeira sanitarista Maria do Carmo Ferreira, da Vigilância em Saúde (Visa) de Campinas.

Os pais e responsáveis poderão também atualizar o cartão de vacinação da criança, caso ela não tenha recebido as doses recomendadas pelo Programa Nacional de Imunizações. No entanto, a Sabin (contra a pólio) e a tríplice viral (contra caxumba, sarampo e rubéola) serão aplicadas mesmo sem o cartão.

Oficialmente, a campanha, que teve início dia 21 agosto, terminaria dia 3 de setembro. Mas, em Campinas, a vacinação foi prorrogada pois as metas não foram alcançadas. A prorrogação foi recomendada pelo Ministério da Saúde para todos os municípios brasileiros que não conseguiram vacinar pelo menos 95% das crianças menores de cinco anos.

Balanço parcial. De acordo com dados dos Centros de Saúde e Módulos Paidéia de Saúde da Família, mais de 64,03 mil crianças tinham sido vacinadas contra a poliomielite até a última quarta-feira, dia 8. O número representa 85,3% das 75,05 mil crianças menores de cinco anos de idade residentes na cidade. Contra o sarampo, Campinas teve 52,73 mil crianças vacinadas também até o dia 8 de setembro, o que representa 86,7 % das 60,8 mil da população do município com idade entre 1 e 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias).

Segundo Carmo Ferreira, a vacinação em massa contra a poliomielite é importante porque mantém a doença erradicada no Brasil, onde o último caso foi registrado em 1989. Em Campinas, o último caso foi registrado em 1982. "A estratégia impede, ainda, a importação de casos de países que ainda têm registros de poliomielite", diz a sanitarista.

Com relação ao sarampo, segundo Carmo Ferreira, a vacinação elimina o risco de a criança contrair a doença e garante ao Brasil a eliminação desta enfermidade. A enfermeira afirma que, em 1995, o Brasil já havia alcançado um bom nível de controle do sarampo. "Na época, em alguns estados brasileiros achava-se que não era preciso participar da campanha de vacinação contra a doença, o que levou a uma cobertura vacinal muito baixa", diz.

Como resultado, em 1996 houve a importação de casos de sarampo, vindos provavelmente da Itália, que levaram a uma epidemia em todo o País. Foram mais de 50 mil casos entre 1997 e 1998. A epidemia causou cerca de 60 mortes. Outro fator que levou à epidemia foi que a Campanha não foi realizada por muitos estados em 1995.

Recurso. O Ministério da Saúde investiu aproximadamente R$ 103,5 milhões, dos quais R$ 87,8 milhões na compra de vacinas (cerca de R$ 10 milhões para as doses contra a pólio e cerca de 77 milhões para as doses da tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba), R$ 11,3 milhões em repasses para as secretarias estaduais de Saúde operacionalizarem a vacinação e aproximadamente R$ 4,5 milhões para a divulgação da campanha.

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