A
Secretaria de Saúde de Campinas, por meio da Vigilância
em Saúde (Visa) Sul, promoveu nesta sexta-feira, dia
16 de setembro, operação de combate à dengue no
Jardim São Fernando. O trabalho é a segundo de uma série
de ações para o controle da doença que estão sendo
realizadas todas as sextas-feiras de setembro na área
de abrangência do Centro de Saúde (CS) Paranapanema,
Região Sul da cidade. O balanço das atividades de
hoje será divulgado na próxima sexta, dia 23, ocasião
em que as atividades ocorrem no Jardim Santa Eudóxia
e Vila Lemos.
Na
semana passada, durante a primeira etapa da operação,
ocorrida também no São Fernando, a equipe de saúde
removeu 1,5 mil quilos de materiais que podem servir
como criadouros do mosquito Aedes aegypti,
vetor da dengue. Os agentes comunitários de saúde
visitaram mais de 400 residências e orientaram
moradores sobre a doença, sintomas, formas de prevenção
e quando procurar a equipe de saúde.
Segundo
Adriana Regina de Oliveira, supervisora de controle
ambiental da Visa Sul, as áreas que já foram e as
que serão trabalhadas foram escolhidas com base na
ocorrência de casos, na infestação do mosquito –
constatada nas pesquisas de índice de Breteau – e
no volume de criadouros identificados pelos agentes
comunitários de saúde durante as ações em campo.
"No
São Fernando, embora não tenham sido registrados
casos, muitas pessoas costumam recolher material para
reciclagem. Neste processo, acumulam coisas que não
servem para nada e que ficam amontoadas no quintal,
transformando-se em criadouros. Também é muito freqüente
na comunidade o acúmulo de pneus. Estes elementos,
somados ao resultado da pesquisa de índice de Breteau,
nos levaram a classificar esta como uma das áreas a
serem trabalhadas", afirma Adriana.
O médico
sanitarista André Ricardo Ribas de Freitas, da Visa
de Campinas, informa que 60% dos focos de mosquito são
verificados nos domicílios e que, por isso, a
Secretaria de Saúde investe tanto no trabalho casa a
casa. O sanitarista diz que, como não existe vacina
contra a dengue, um dos principais meios de combate à
doença é o controle do vetor, que é o Aedes
aegypti.
André
informa, ainda, que existem situações epidemiológicas
em outros países, como na Malásia e Tailândia, em
que a incidência da dengue é tamanha que a doença
chega a ser uma das principais causas de mortalidade
infantil. "Em Campinas e no Brasil como um todo
temos que atuar para que isso não ocorra, para que a
dengue não se torne endêmica. É com esta diretriz
que estamos trabalhando", afirma.
Segundo
a Secretaria de Saúde, Campinas enfrenta surtos epidêmicos
de dengue há nove anos consecutivos, sendo que o
maior número de casos - 1,4 mil casos -, foi
registrado em 2002. Em 2003, houve 450 confirmações
e, no ano passado, 24. Este ano, foram registrados 108
casos, sendo que as áreas do Jardim Rosália, na região
Norte, e do São Domingos, na região Sul, registraram
o maior número de ocorrências.
Os sintomas da dengue são febre e dores de cabeça,
no corpo e atrás dos olhos. O doente pode apresentar
também dor nas juntas e manchas vermelhas na pele. Ao
apresentar algum destes sinais, o cidadão deve
procurar o Centro de Saúde rapidamente.
Denize
Assis