Atividades no Largo do Rosário marcam Dia Mundial do Coração em Campinas

28/09/2006

Campinas promove nesta sexta-feira, dia 29 de setembro, no Largo do Rosário, das 7h às 18h, um conjunto de atividades para divulgar os principais fatores de risco aos quais a população está exposta e que podem levar ao desenvolvimento do diabetes e das doenças cardiovasculares.

O evento integra a campanha da Federação Mundial de Cardiologia para marcar o Dia Mundial do Coração, data que tem como objetivo principal orientar e propagar formas de prevenção das doenças cardíacas, que se constituem na principal causa de morte no mundo.

No Brasil, a campanha acontece em 12 cidades – incluindo Campinas - e terá o apoio da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Diabetes, Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica. A campanha mundial recebeu o apoio da indústria farmacêutica Sanofi-Aventis.

Em Campinas, onde a campanha ocorre em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, a população receberá, no Largo do Rosário, folhetos informativos sobre o problema. Além disso, vão ser distribuídos exemplares de coração anti-estresse e um malabarista vai jogar com cinco bolinhas ou argolas, representando os fatores de risco. Os Centros de Saúde também vão distribuir folderes sobre o tema.

Além das atividades de educação em saúde com a comunidade, para marcar o Dia Mundial do Coração, a Secretaria de Saúde de Campinas divulgou esta semana relatórios com dados sobre as doenças cardiovasculares e o Secretário Municipal de Saúde, José Francisco Kerr Saraiva, que é cardiologista, anunciou que as ações de prevenção e controle destes agravos serão priorizadas pela sua pasta.

Os dados da Secretaria mostram que, em Campinas, as doenças do coração causam 32% das mortes. No entanto, apesar de se constituírem na principal causa de morte no município, as taxas de mortalidade por estas doenças entre os moradores de Campinas apresentaram queda nos últimos dez anos e são menores se comparadas às taxas do Estado de São Paulo e do Brasil.

A taxa de mortalidade por infarto agudo do miocárdio nos homens campineiros é de 305 por 100 mil mortes e entre as mulheres é de 130/100 mil. No Estado de São Paulo, a taxa é de 350 por 100 mil entre os homens e de 143,4/100 mil entre as mulheres.

Em relação ao Acidente Vascular Cerebral, entre os homens campineiros, a taxa é de 115,4/100 mil mortes e, entre as mulheres, é de 83,3/100 mil. No Estado de São Paulo, são 162,6/100 mil entre os homens e 102/100 mil na população feminina.

“É um dado relevante, importante, resultado do trabalho de prevenção e controle adequados desenvolvidos nas unidades básicas de saúde. Mostra que estamos no caminho certo, também aponta a necessidade de reforçar e ampliar estas estratégias e, sem dúvida, nos dá ânimo pra prosseguir”, diz Saraiva.

Denize Assis

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