Campinas promove nesta
sexta-feira, dia 29 de setembro, no Largo do Rosário,
das 7h às 18h, um conjunto de atividades para divulgar
os principais fatores de risco aos quais a população
está exposta e que podem levar ao desenvolvimento do
diabetes e das doenças cardiovasculares.
O evento
integra a campanha da Federação Mundial de Cardiologia
para marcar o Dia Mundial do Coração, data que tem como
objetivo principal orientar e propagar formas de
prevenção das doenças cardíacas, que se constituem na
principal causa de morte no mundo.
No Brasil,
a campanha acontece em 12 cidades – incluindo Campinas -
e terá o apoio da Sociedade Brasileira de Cardiologia,
Sociedade Brasileira de Diabetes, Sociedade Brasileira
de Endocrinologia e Metabologia e Associação Brasileira
para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica. A
campanha mundial recebeu o apoio da indústria
farmacêutica Sanofi-Aventis.
Em
Campinas, onde a campanha ocorre em parceria com a
Secretaria Municipal de Saúde, a população receberá, no
Largo do Rosário, folhetos informativos sobre o
problema. Além disso, vão ser distribuídos exemplares de
coração anti-estresse e um malabarista vai jogar com
cinco bolinhas ou argolas, representando os fatores de
risco. Os Centros de Saúde também vão distribuir
folderes sobre o tema.
Além das
atividades de educação em saúde com a comunidade, para
marcar o Dia Mundial do Coração, a Secretaria de Saúde
de Campinas divulgou esta semana relatórios com dados
sobre as doenças cardiovasculares e o Secretário
Municipal de Saúde, José Francisco Kerr Saraiva, que é
cardiologista, anunciou que as ações de prevenção e
controle destes agravos serão priorizadas pela sua
pasta.
Os dados
da Secretaria mostram que, em Campinas, as doenças do
coração causam 32% das mortes. No entanto, apesar de se
constituírem na principal causa de morte no município,
as taxas de mortalidade por estas doenças entre os
moradores de Campinas apresentaram queda nos últimos dez
anos e são menores se comparadas às taxas do Estado de
São Paulo e do Brasil.
A taxa de
mortalidade por infarto agudo do miocárdio nos homens
campineiros é de 305 por 100 mil mortes e entre as
mulheres é de 130/100 mil. No Estado de São Paulo, a
taxa é de 350 por 100 mil entre os homens e de 143,4/100
mil entre as mulheres.
Em relação
ao Acidente Vascular Cerebral, entre os homens
campineiros, a taxa é de 115,4/100 mil mortes e, entre
as mulheres, é de 83,3/100 mil. No Estado de São Paulo,
são 162,6/100 mil entre os homens e 102/100 mil na
população feminina.
“É um dado
relevante, importante, resultado do trabalho de
prevenção e controle adequados desenvolvidos nas
unidades básicas de saúde. Mostra que estamos no caminho
certo, também aponta a necessidade de reforçar e ampliar
estas estratégias e, sem dúvida, nos dá ânimo pra
prosseguir”, diz Saraiva.
Denize
Assis