Campinas, 11 de setembro de 2009, às 15h30
Secretaria de Saúde de Campinas
Nota à imprensa
Ocorrências de casos humanos de
Influenza A (H1N1)
1. NÚMERO DE CASOS EM CAMPINAS CAI
PELA 3ª SEMANA SEGUIDA
• A Secretaria Municipal de Saúde informa
nesta sexta-feira, 11 de setembro, que o
número de casos de síndrome respiratória
aguda grave (SRAG) em Campinas, ou
simplesmente casos graves, causados pela
Influenza A (H1N1) caiu PELA TERCEIRA SEMANA
SEGUIDA, confirmando tendência que já havia
sido observada nas semanas anteriores.
• A análise epidemiológica dos dados permite
concluir que a transmissão do novo vírus A
(H1N1) e os casos graves provocados por ele
estão diminuindo no município.
• A Secretaria de Saúde informa ainda a
notificação de 1 NOVO ÓBITO de infecção pelo
vírus Influenza A (H1N1) em morador de
Campinas. Trata-se de uma mulher de 46 anos
que morreu no dia 4 de setembro. Ela estava
internada desde o dia 24 de agosto em um
hospital da rede pública de saúde e seu caso
foi confirmado como infecção pelo Influenza
A H1N1 no dia 31 de agosto. Ela tinha doença
anterior que a incluía no grupo de risco de
pessoas com maior probabilidade de
desenvolver formas graves e evoluir para
óbito.
• Com o número de casos acumulados da
doença, a Secretaria de Saúde de Campinas
registra nesta data 184 CASOS CONFIRMADOS de
Influenza A H1N1 no município. Entre estes
casos, estão confirmadas 13 MORTES
– já incluído o óbito acima -, sendo
nove mulheres e quatro homens. Do total de
casos – dos 184 -, 13 referiam-se a
gestantes, sendo que uma delas evoluiu para
óbito. Tratava-se de uma grávida de gêmeos e
os bebês sobreviveram.
• A Secretaria de Saúde comunica também que
o surto de síndrome gripal registrado numa
creche pública na sexta-feira, dia 3 de
setembro, foi descartado para Influenza A
(H1N1). Até o momento, estão confirmados 6
surtos pela doença no município.
• A faixa etária mais acometida continua
sendo a de 20 anos a 49 anos, com 63% das
ocorrências. Quanto ao sexo, as mulheres
representam a maioria, com 59% dos
registros.
• De acordo o Protocolo de Manejo Clínico e
Vigilância Epidemiológica da Influenza, de
15 de julho, baseado em recomendações da
Organização Mundial da Saúde (OMS), não está
indicada a identificação individual de cada
caso de influenza pelo novo H1N1, mas a
notificação, investigação, diagnóstico
laboratorial e tratamento dos casos com
síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e
dos grupos de risco para desenvolver formas
graves, assim como identificação de novos
focos da doença no país.
Portanto, os casos confirmados em Campinas
não representam a totalidade.
2. RECOMENDAÇÕES DA OMS PARA USO
DE MEDICAMENTOS
• Documento da OMS com
recomendações aos países sobre o uso de
antivirais no tratamento de pacientes
infectados com o novo vírus A(H1N1) reforça
o protocolo que o Brasil já vem adotando
desde julho. Entre as recomendações está a
de que “pacientes saudáveis sem doenças
complicadoras (comorbidades) não precisam
ser tratados com antivirais”. Veja a
tradução do documento e o link para o
original (em inglês) em
www.saude.gov.br
3. PROVIDÊNCIAS
• Capacitação das redes de saúde pública e
privada;
• Reuniões com setores hoteleiro, de
turismo, comercial, de educação e com a RMC;
• Reunião com secretariado e autarquias
municipais;
• Reunião com o Conselho Municipal de Saúde;
• Elaboração do plano de contingência e
protocolo de atendimento;
• Incremento do plantão de vigilância;
• Reorganização da rede de assistência;
• Adiamento do início das aulas para todas
as escolas públicas até dia 17 de agosto,
suspensão das aulas na educação infantil até
esta mesma data e recomendação da
prorrogação das férias também para a rede
privada inclusive universidades e
faculdades;
• Adequação da logística de recursos
materiais e humanos;
• Incremento constante das ações de
comunicação, informação e mobilização
social, tendo sido firmadas recentemente
parcerias com a Emdec, para campanha na
Rodoviária e entre motoristas e cobradores,
e com a Unimed Campinas, para campanha entre
profissionais de saúde cooperados e para a
população em geral;
• Divulgação de orientação técnica para que
gestantes trabalhadoras que atuem em contato
direto com o público, particularmente na
área da saúde, fossem deslocadas para novas
atribuições ou afastadas de suas atividades,
de acordo com as especificidades de cada
local ou, na impossibilidade de
transferência, que as instituições
estudassem alternativas legais de
afastamento temporário destas mulheres;
• Criação do Comitê Assessor Municipal da
Influenza A (H1N1), constituído por pessoas
que representam outros setores da saúde no
município, das áreas científica e de
assistência, para somar forças com a
Administração Municipal nas decisões,
medidas de controle e de assistência aos
pacientes. Este comitê já se reuniu três
vezes;
• Ampliação do acesso à medicação a partir
de 15 de agosto, data em que os pacientes
moradores de Campinas com síndrome gripal e
com fator de risco para complicações
passaram a ser encaminhados para a retirada
do medicamento no Hospital Municipal Mário
Gatti – no Acolhimento do Pronto-Socorro –,
na avenida Faria Lima, das 7h às 23h, e no
Complexo Hospitalar Ouro Verde - na farmácia
externa do Pronto-Socorro, na avenida Ruy
Rodrigues, 3034, com atendimento 24 horas.
• Na volta às aulas, a Prefeitura
intensificou as ações de educação em saúde,
informação e mobilização social com a
distribuição de 300 mil folhetos entre
alunos, pais e professores com orientação
sobre a nova gripe, sintomas, orientações
sobre crianças com sinais – que não devem
freqüentar a escola e precisam de
atendimento médico – e sobre afastamento
para os alunos com síndrome gripal – que
devem permanecer em casa por sete dias após
início de sintomas;
• Divulgação de boletins epidemiológicos.
4. ÓBITOS NO ESTADO DE SÃO PAULO E NA
REGIÃO:
• No mundo, segundo a OMS, pelo menos
209.438 pessoas já foram infectadas pelo
Influenza A (H1N1). Pelo menos 2.185
morreram por causa da doença. No Brasil,
foram confirmados 657 óbitos
por Influenza A, segundo boletim divulgado
pelo Ministério da Saúde no dia 26 de
agosto. No Estado de São Paulo, foram 261
ÓBITOS. Na Região de Campinas, são mais de
44. No comparativo com os 15 países com
maior número de mortes, o Brasil tem a 6ª
taxa de mortalidade, que representa o
percentual de óbitos em relação à população
de cada pais.
5.
RECOMENDAÇÕES:
A Vigilância em Saúde de Campinas reforça as
medidas de prevenção e proteção individual
que neste momento são as mais importantes
para reduzir o risco da propagação da doença
no município e no País. As medidas são:
• Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a
boca com um lenço, preferencialmente
descartável.
• Lavar as mãos frequentemente com água e
sabão, especialmente depois de tossir ou
espirrar.
• Não compartilhar alimentos, copos, toalhas
e objetos de uso pessoal.
• Pessoas com qualquer gripe não devem
freqüentar ambientes fechados e com
aglomeração de pessoas;
• Procure o seu médico ou a unidade de saúde
em caso de gripe para diagnóstico e
tratamento adequados;
• Não usar medicamentos sem orientação
médica. A automedicação pode ser prejudicial
à saúde.
Para mais informações, disque 156
ou 160 ou acesse
www.campinas.sp.gov.br/saude