Prefeitura assina convênio para formar profissionais que atuam no Paidéia

08/10/2002

Iniciativa é uma parceria entre Unicamp, Cândido Ferreira e Ipes.
Alunos vão receber certificado de especialização em Saúde da Família

A Prefeitura de Campinas assina nesta quinta-feira, 10 de outubro, convênio com a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Ipes (Instituto de Pesquisas Especiais para a Sociedade) e Serviço de Saúde Cândido Ferreira para formação das equipes do Projeto Paidéia – Saúde da Família.

A cerimônia que oficializa o documento acontece às 14h, na Sala Azul da Prefeitura. Além da Prefeita Izalene Tiene e do Secretário de Saúde, Gastão Wagner, também estarão presentes representantes da Escola de Extensão da Unicamp, do Ipes e do Cândido.

O convênio, além de regulamentar a capacitação dos profissionais do Paidéia, estabelece que a formação destes trabalhadores deve ser acompanhada e avaliada com freqüência. Os agentes comunitários de saúde, além dos profissionais de nível médio que passarem pelos cursos, receberão um certificado fornecido pela Escola de Extensão da Unicamp. No caso no caso dos profissionais de nível superior, o certificado será fornecido pela escola de Pós-Graduação. A iniciativa é inédita no Brasil.

Por meio da capacitação, os trabalhadores da saúde receberão subsídios para atuar de maneira mais acolhedora e humanizada e com responsabilidade. Os cursos também vão fornecer elementos para que o profissional de saúde trabalhe para prevenir doenças e promover a saúde e autonomia das pessoas.

Outro objetivo é que seja promovido um atendimento clínico de qualidade, em que cada profissional atenda o cidadão integralmente, respeitando as diferenças e especificidades de cada usuário.

 

O Paidéia e a formação dos profissionais do SUS

Desde o início de 2001, a Secretaria Municipal de Saúde tem colocado em prática uma política que valoriza o trabalhador do SUS no município. Até agosto de 2002, já foram contratados 1.215 trabalhadores para os diversos serviços da rede, sendo 541 para repor demissões e 500 agentes comunitários de saúde, por meio do Serviço de Saúde Cândido Ferreira. Além disso, a carga horária de 122 médicos e 156 outros profissionais foi ampliada de 20 para 36 horas semanais.

Até setembro, 3 mil trabalhadores entre médicos, dentistas, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, psicólogos, farmacêuticos, nutricionistas, atendentes de consultório dentário, veterinários, biólogos, engenheiros, tecnólogos de alimentos e em agropecuária já passaram por cursos. Outros 500 agentes de saúde já estão sendo capacitados desde agosto de 2001.

Dentre os temas abordados nos cursos estão a anemia falciforme e a violência sexual que passaram a ser, desde o início deste ano, de notificação obrigatória no município. Também foram abordados assuntos como redução de danos, eliminação de pragas em prédios e escolas públicas, abordagem da criança em situação de rua, humanização do atendimento hospitalar e dos serviços de urgência, doenças transmitidas por alimentos, entre outros. Também são colocados, nos cursos, conceitos de ética, territorialização e família.

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