A Secretaria de Saúde
de Campinas lança, em 22 de novembro, o Projeto Criadouro Zero.
O objetivo é eliminar, nas dependências das empresas da
cidade, recipientes que acumulam água e que, portanto, podem
servir para a proliferação do mosquito da dengue. Além disso,
o projeto visa promover a educação em saúde no controle da
doença.
O Criadouro
Zero é direcionado aos representantes das Cipas (Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes), Sesmt (Serviço de
Engenharia e Segurança de Medicina do Trabalho) das grandes
empresas, sindicalistas e profissionais de ambulatórios das
empresas.
As equipes da
Secretaria de Saúde estão traçando um plano de ação que
inclui o monitoramento da infestação do mosquito nas dependências
das empresas e o levantamento dos principais criadouros. A
pesquisa irá nortear as ações de combate. Além disso, está
sendo proposto um fluxo para que qualquer caso de dengue de
funcionário seja notificado ao Centro de Saúde que abrange a
região da empresa. A idéia é que este fluxo funcione como a
CAT (Comunicado de Acidente de Trabalho).
O Programa faz
parte do pacote de ações contra a dengue desencadeado pela
Prefeitura de Campinas que, com a chegada da temporada mais
quente do ano, está intensificando ainda mais as atividades de
combate à doença. Em todas as regiões da cidade, agentes
comunitários e outros profissionais da área de saúde estão
nas ruas diariamente para combater a doença. A tática é
eliminar criadouros e orientar a população.
Nesta terça-feira,
29 de outubro, as atividades de cata-criadouro ocorreram na área
do Centro de Saúde Pedro de Aquino, também conhecido como CS
Balão do Laranja, localizado na região Sudoeste. Amanhã, 30,
é a vez do Centro de Saúde São Marcos, na região Norte. Na
quinta-feira, 31, as ações são no CS Tancredão, também região
sudoeste e, na sexta-feira, 1 de novembro, na área de abrangência
do CS Carvalho de Moura, na região Sul.
Na última
sexta-feira, 25 de outubro, a Secretaria de Saúde promoveu o
Simpósio de Dengue Hemorrágica. O evento, em parceria com a
Unimed Campinas e com a Secretaria de Estado e iniciativa
privada, contou com a participação de 111 profissionais de saúde
da rede pública e privada do município. Eles foram atualizados
e capacitados para atender casos graves de dengue e casos hemorrágicos.
Este ano,
Campinas tem um agravante. O município registrou a circulação
do vírus tipo 3 da dengue. Até então, a cidade só havia
registrado casos dos vírus tipo 1 e tipo 2. A introdução
deste novo tipo deixa a população toda vulnerável, já que a
pessoa fica imune apenas ao tipo que a infectou. Além disso, o
vírus tipo 3 pode provocar casos mais graves da doença.
Este ano,
Campinas confirmou 1.419 casos de dengue dos quais 1.219 são
autóctones. Também já foram confirmados 9 casos de dengue
hemorrágica. Não houve mortes.