Prefeitura lança Projeto Criadouro Zero

29/10/2002

A Secretaria de Saúde de Campinas lança, em 22 de novembro, o Projeto Criadouro Zero. O objetivo é eliminar, nas dependências das empresas da cidade, recipientes que acumulam água e que, portanto, podem servir para a proliferação do mosquito da dengue. Além disso, o projeto visa promover a educação em saúde no controle da doença.

O Criadouro Zero é direcionado aos representantes das Cipas (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), Sesmt (Serviço de Engenharia e Segurança de Medicina do Trabalho) das grandes empresas, sindicalistas e profissionais de ambulatórios das empresas.

As equipes da Secretaria de Saúde estão traçando um plano de ação que inclui o monitoramento da infestação do mosquito nas dependências das empresas e o levantamento dos principais criadouros. A pesquisa irá nortear as ações de combate. Além disso, está sendo proposto um fluxo para que qualquer caso de dengue de funcionário seja notificado ao Centro de Saúde que abrange a região da empresa. A idéia é que este fluxo funcione como a CAT (Comunicado de Acidente de Trabalho).

O Programa faz parte do pacote de ações contra a dengue desencadeado pela Prefeitura de Campinas que, com a chegada da temporada mais quente do ano, está intensificando ainda mais as atividades de combate à doença. Em todas as regiões da cidade, agentes comunitários e outros profissionais da área de saúde estão nas ruas diariamente para combater a doença. A tática é eliminar criadouros e orientar a população.

Nesta terça-feira, 29 de outubro, as atividades de cata-criadouro ocorreram na área do Centro de Saúde Pedro de Aquino, também conhecido como CS Balão do Laranja, localizado na região Sudoeste. Amanhã, 30, é a vez do Centro de Saúde São Marcos, na região Norte. Na quinta-feira, 31, as ações são no CS Tancredão, também região sudoeste e, na sexta-feira, 1 de novembro, na área de abrangência do CS Carvalho de Moura, na região Sul.

Na última sexta-feira, 25 de outubro, a Secretaria de Saúde promoveu o Simpósio de Dengue Hemorrágica. O evento, em parceria com a Unimed Campinas e com a Secretaria de Estado e iniciativa privada, contou com a participação de 111 profissionais de saúde da rede pública e privada do município. Eles foram atualizados e capacitados para atender casos graves de dengue e casos hemorrágicos.

Este ano, Campinas tem um agravante. O município registrou a circulação do vírus tipo 3 da dengue. Até então, a cidade só havia registrado casos dos vírus tipo 1 e tipo 2. A introdução deste novo tipo deixa a população toda vulnerável, já que a pessoa fica imune apenas ao tipo que a infectou. Além disso, o vírus tipo 3 pode provocar casos mais graves da doença.

Este ano, Campinas confirmou 1.419 casos de dengue dos quais 1.219 são autóctones. Também já foram confirmados 9 casos de dengue hemorrágica. Não houve mortes.

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