Prefeitura de Campinas vai pedir indenização para laboratório que vendeu anticoncepcional injetável

29/10/2002

A Secretaria de Saúde Campinas está levantando todos os danos materiais que a Administração Pública está tendo com a suspensão do anticoncepcional injetável Tricilon – acetato de medroxiprogesterona - na rede de saúde do município. A partir daí, a Secretaria pretende entrar na Justiça com uma ação de indenização contra a empresa Akzo Nobel Ltda - Divisão Organon, que vendeu o medicamento para a Secretaria de Saúde.

A Prefeitura também fará uma representação junto ao Procon para que sejam tomadas as devidas providências para garantir os direitos das mulheres que fizeram o uso do Tricilon e engravidaram.

Por enquanto, a Secretaria de Saúde constatou que três mulheres engravidaram mesmo fazendo uso do anticoncepcional. Também estão sendo investigados outros dois casos suspeitos de gravidez de mulheres que relataram fazer uso do mesmo anticoncepcional.

A Prefeitura de Campinas deve receber até sexta-feira, 1 de novembro, 7 mil doses do anticoncepcional injetável acetato de medroxiprogesterona. A compra foi providenciada para substituir o Tricilon e custou R$ 30.300. Atualmente, o acetato de medroxiprogesterona é utilizado por 7 mil mulheres na rede pública de saúde do município. Cada dose vale por três meses.

O uso do anticoncepcional foi suspenso primeiramente em Campinas e depois em todo Brasil depois que a Vigilância Epidemiológica de Campinas constatou problemas na solução do medicamento, que foi comprovada pelo Instituto Adolfo Lutz. Associado a isto, também houve a constatação de mulheres que ficaram grávidas usando o anticoncepcional.

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