A Secretaria de Saúde
Campinas está levantando todos os danos materiais que a
Administração Pública está tendo com a suspensão do
anticoncepcional injetável Tricilon – acetato de
medroxiprogesterona - na rede de saúde do município. A
partir daí, a Secretaria pretende entrar na Justiça com uma ação
de indenização contra a empresa Akzo Nobel Ltda - Divisão
Organon, que vendeu o medicamento para a Secretaria de Saúde.
A Prefeitura
também fará uma representação junto ao Procon para que sejam
tomadas as devidas providências para garantir os direitos das
mulheres que fizeram o uso do Tricilon e engravidaram.
Por enquanto, a
Secretaria de Saúde constatou que três mulheres engravidaram
mesmo fazendo uso do anticoncepcional. Também estão sendo
investigados outros dois casos suspeitos de gravidez de mulheres
que relataram fazer uso do mesmo anticoncepcional.
A Prefeitura de
Campinas deve receber até sexta-feira, 1 de novembro, 7 mil
doses do anticoncepcional injetável acetato de
medroxiprogesterona. A compra foi providenciada para
substituir o Tricilon e custou R$ 30.300. Atualmente, o acetato
de medroxiprogesterona é utilizado por 7 mil mulheres na
rede pública de saúde do município. Cada dose vale por três
meses.
O uso do
anticoncepcional foi suspenso primeiramente em Campinas e depois
em todo Brasil depois que a Vigilância Epidemiológica de
Campinas constatou problemas na solução do medicamento, que
foi comprovada pelo Instituto Adolfo Lutz. Associado a isto,
também houve a constatação de mulheres que ficaram grávidas
usando o anticoncepcional.