Região
de Campinas concentra
o maior número de
notificações de
catapora do interior de
São Paulo, com 3.749
Dados
divulgados nesta quinta-feira, 16 de outubro, pela Secretaria
de Saúde de Campinas mostram que a cidade continua a
notificar casos de catapora (varicela). Desde a divulgação
do último balanço, em 8 de outubro, a Vigilância Epidemiológica
municipal registrou mais 13 ocorrências da doença em três
instituições, o que eleva para 510 o número total de casos
notificados desde agosto.
As ocorrências
se referem a 55 surtos em creches da Prefeitura ou instituições
filantrópicas. De acordo com os dados, 62,35%, ou seja 318
dos registros são de crianças entre 1 e 4 anos. Em seguida
vem a faixa etária de 5 a 9 anos, com 26,08% percentual que
representa 133 casos. Também foram registrados 15 casos,
2,94%, em menores de 1 ano. O restante das ocorrências estão
nas outras faixas etárias.
A enfermeira
sanitarista Maria do Carmo Ferreira, da Vigilância Epidemiológica
municipal, disse que este ano a notificação da catapora foi
estimulada pelo fornecimento gratuito de vacina pela
Secretaria de Saúde do Estado. Pela primeira vez, o Estado
liberou lotes para a vacinação gratuita de crianças
matriculadas em creches onde há surtos. Até 2002, as doses
eram liberadas somente para pessoas com deficiência imunológica
grave.
Até ontem, a
Direção Regional de Saúde (Dir-12), responsável por 42
municípios da Região, havia liberado para Campinas 2.147
doses da vacina contra a catapora. A Secretaria Municipal de
Saúde ainda aguarda a liberação de outras 477 does para
bloqueio em 5 instituições.
"A
vacina é aplicada em crianças que estudam em creches em período
integral que ainda não tiveram catapora", disse Maria do
Carmo Ferreira. Segundo ela, a vacina é apenas um dos
cuidados a serem adotados em casos de surto de catapora.
"Também é necessário o afastamento da criança com
catapora da creche ou escola pelo menos até o sexto dia do
aparecimento das lesões, além de manter cuidados de higiene
adequados".