Para apertar
ainda mais o cerco contra a dengue, a Secretaria de Saúde de
Campinas iniciou em agosto a operação ´Caixa Limpa´. O
objetivo é conscientizar a população sobre os riscos da
dengue, orientar os cidadãos sobre os cuidados a serem
adotados com a caixa d´água e promover limpeza e manutenção
de seis em seis meses.
O mosquito Aedes
aegypti, que transmite a dengue, se reproduz na água e
como a caixa d´água é um reservatório muito grande em
apenas um recipiente podem ser encontradas milhares de larvas
do inseto.
Para
desenvolver a operação, a Coordenadoria de Vigilância e Saúde
Ambiental (Covisa) da Prefeitura tomou como base um piloto
realizado entre os dias 18 de agosto e 3 de setembro na região
da Rodoviária. Na ação as equipes, compostas por
profissionais do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e dos
Distritos de Saúde Norte, Sul e Leste e da Coordenadoria de
Vigilância e Saúde Ambiental (Covisa), visitaram 585 imóveis
em mais de 40 quarteirões.
Durante as ações
as equipes identificaram uma grande quantidade de larvas do
mosquito, principalmente nas caixas d´água. A cada três
residências, em uma foi encontrada larva. Das 61 amostras
coletadas em recipientes de água, 58 já foram analisadas e
56 confirmaram que a espécie tratava-se do Aedes aegypti.
A situação
é grave, segundo Fernanda Borges, supervisora das ações da
dengue da Prefeitura. De acordo com ela, as caixas d´água
junto com os pratos de vasos de planta mantiveram a infestação
nos meses de seca. "Com a chegada dos meses de calor e
chuva, a proliferação do inseto é certa e, com isso, basta
uma pessoa doente ser picada para se desencadear a transmissão
num raio de 100 a 300 metros", disse.
Na área da
Rodoviária, a situação é mais preocupante, segundo
Fernanda, devido ao trânsito intenso de pessoas. "O
risco da chegada de algum passageiro doente ser picado por um
mosquito e iniciar a transmissão no local é enorme",
explicou a supervisora. Diariamente, 12 mil pessoas passam
pela Rodoviária de Campinas.
A operação
´Caixa Limpa´ é apenas uma das ações de combate à dengue
na cidade. Para manter a dengue sob controle, a Prefeitura
disponibiliza diariamente, nas cinco regiões de abrangência
da cidade, agentes comunitários e outros profissionais de saúde
que atuam para eliminar criadouros, orientar a população e
desenvolver outras ações específicas de combate à doença.
A Secretaria de Saúde ainda desenvolve campanhas educativas
direcionadas à população, em parceria com representantes da
sociedade, Universidades, Organizações Não Governamentais (ONGs),
escolas entre outros.
Os sintomas
da dengue são febre, dor de cabeça e no corpo e fraqueza.
Também podem surgir manchas pelo corpo. Ao apresentar algum
destes sinais, a pessoa deve procurar o Centro de Saúde.
Cuidados com
a caixa d´água:
A caixa d’água
dever ser limpa a cada 6 meses conforme a seguinte orientação:
- Feche o
registro impedindo a entrada de água na caixa ou amarre a bóia;
- Esvazie a
caixa d’água, abrindo as torneiras e acionando as
descargas;
- Firme bem a
escada e tenha cuidado com os fios elétricos;
- Quando a
caixa estiver quase vazia, tampe a saída para que a água que
restou seja usada na limpeza e para que a sujeira não desça
pelo cano;
- Esfregue as
paredes e o fundo da caixa;
- Use somente
panos e escova para a limpeza;
- Nunca use
sabão, detergentes ou outros produtos;
- Retire a água
e o material que restaram da limpeza, usando pá, balde e
panos, deixando a caixa totalmente limpa;
- Deixe
entrar água na caixa até encher e acrescentar 1 litro de água
sanitária ( hipoclorito de sódio a 2%) para cada 1000 litros
de água;
- Não use de
forma alguma esta água por 2 horas;
- Passadas
estas 2 horas, feche o registro ou bóia para não entrar água
na caixa;
- Ao esvaziar
a caixa, esta água servirá também para limpar e desinfetar
os canos;
- Tampe a
caixa-d’água para que não entrem pequenos animais ou
insetos;
- Anote, do
lado de fora da caixa, a data da limpeza;
- Finalmente,
abra a entrada de água e pode usá-la.