A Secretaria de
Saúde de Campinas ampliou de quatro para dez o número de
Centros de Saúde que aplicam a vacina contra a febre amarela na
cidade. O objetivo é facilitar o acesso, estimular e
orientar os cidadãos para que tomem a dose contra a doença. A
Vigilância Epidemiológica Municipal informou que a preocupação
com a relação a febre amarela aumenta por conta da chegada das
férias escolares, quando as pessoas viajam para as regiões do
País onde ocorre transmissão.
A partir de
agora, a vacina está disponível, em Campinas, em qualquer época
do ano, nos Centros de Saúde Faria Lima, Balão do Laranja, Barão
Geraldo, Aurélia, Boa Vista, Eulina, Santa Bárbara, São
Marcos, Santa Mônica, no Aeroporto Internacional de Viracopos e
no Cecom da Unicamp.
As doses são
gratuitas e devem ser aplicadas pelo menos 10 dias antes da
viagem. A imunização vale por 10 anos. De acordo com dados
divulgados nesta quarta-feira, 29 de outubro, pela Vigilância
Epidemiológica Municipal, no ano passado, foram aplicadas 5.370
doses contra a febre amarela em Campinas. Este ano, até
setembro foram 3.565.
O último caso
de febre amarela registrado em Campinas é de 2000. Um
estudante, na época com 22 anos, desenvolveu a doença depois
de uma viagem de férias para a Chapada dos Veadeiros, no Estado
de Goiás. Após o registro, foi desencadeada campanha de vacinação
em Campinas e Região. Somente em Campinas, durante a campanha,
foram aplicadas mais de 587 mil doses da vacina.
Em 2001, a
Secretaria de Saúde de Campinas investigou 13 casos suspeitos
da doença. Em 2002, foram 4 e, em 2003, apenas um. Todos foram
descartados.
A febre amarela é causada por um vírus que circula em regiões
tropicais e subtropicais da África e América. É uma doença
grave, transmitida ao homem pela picada do mosquito Aedes
aegypti infectado pelo vírus amarílico. Os sintomas são
febre alta, dor de cabeça e no corpo, enjôo, vômitos, prostração
e irritabilidade.
Áreas de
transmissão. De acordo com a Superintendência do Controle de
Endemias (Sucen), a febre amarela é mais comum na Amazônia,
mas existe até no interior de São Paulo. O vírus da doença -
vírus amarílico - circula nas áreas de mata em todos os
estados da Região Norte (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia,
Roraima e Tocantis) e Centro-Oeste (Distrito federal, Goiás,
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), além do Maranhão, na Região
Nordeste.
No Estado de São
Paulo, especial atenção deve ser dada aos municípios
ribeirinhos ao Rio Grande, na fronteira com Minas Gerais.
A vacina também
é recomendada para as pessoas que pretendam viajar para os
municípios de Serro, Alvorada, Sabinópolis, Senhora do Porto,
E Serra Azul de Minas. No município de Santo Antônio, no Vale
do Jequitinhonha, em Minas Gerais, foi confirmado um surto de
febre amarela silvestre que teve início em dezembro de 2002.
No estado do Rio Grande do Sul, os cuidados servem para os municípios
de Jaguari, Mata, Santiago, Nova Esperança do Sul, São
Francisco de Assis, São Vicente do Sul, Toropi, São Pedro do
Sul e Jaú, região onde foi encontrado vírus em macacos.