81 Nota para a imprensa sobre a Influenza A

28/09/2009

Campinas, 28 de setembro de 2009, às 15h30

Secretaria de Saúde de Campinas

Nota à imprensa

Ocorrências de casos humanos de Influenza A (H1N1)

1. MEDIDAS DE PREVENÇÃO DEVEM SER MANTIDAS

• A Secretaria Municipal de Saúde informa nesta segunda-feira, 28 de setembro, que, embora tenha sido verificada redução no número de casos confirmados de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em Campinas, ou simplesmente casos graves, causados pela Influenza A (H1N1), a transmissão do novo vírus A (H1N1) e os casos graves provocados por ele continuam a ocorrer e esta situação deve se manter até a próxima onda pandêmica no Hemisfério Sul, no ano que vem. Portanto, é necessário que as equipes de saúde prossigam atentas e que os cuidados em relação às medidas de prevenção sejam mantidos. A Vigilância em Saúde lembra, ainda, que o protocolo que indica tratamento para casos graves, e mesmo para os que não exijam internação, mas que possuem fator de risco, deve ser seguido.

• A Secretaria de Saúde informa ainda o registro de 1 NOVO ÓBITO de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1) em morador de Campinas. Trata-se de um homem de 37 anos que possuía fator de risco (comorbidade). Ele recebeu assistência médica em um hospital da rede pública municipal. O acréscimo deste novo óbito em relação ao último boletim (divulgado em 21 de setembro) NÃO SE REFERE A CASO NOVO DE PESSOA QUE MORREU ENTRE OS DIAS 21 E 28 DE SETEMBRO, mas a caso que foi registrado neste período.

• Com o número de casos acumulados da doença, a Secretaria de Saúde de Campinas registra nesta data 193 CASOS CONFIRMADOS LABORATORIALMENTE de Influenza A H1N1 no município. Entre estes casos, estão confirmadas 15 MORTES – já incluído o óbito acima -, sendo nove mulheres e seis homens. Do total de casos – dos 193 -, 13 referiam-se a gestantes, sendo que uma delas evoluiu para óbito. Tratava-se de uma grávida de gêmeos. Os bebês sobreviveram.

• A Secretaria de Saúde comunica também que, até o momento, estão confirmados 7 surtos pela doença no município.

• Do total de casos, a faixa etária mais acometida continua sendo a de 20 anos a 49 anos, com 63% das ocorrências. Na faixa etária de 15 a 19 anos, estão confirmados 25 casos. Entre 50 e 59, 14. Também há 10 casos em menores de 1 ano. Quanto ao sexo, as mulheres representam a maioria, com 113 casos ou 58,5% dos registros.

• De acordo o Protocolo de Manejo Clínico e Vigilância Epidemiológica da Influenza, de 15 de julho, baseado em recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), não está indicada a identificação individual de cada caso de influenza pelo novo H1N1, mas a notificação, investigação, diagnóstico laboratorial e tratamento dos casos com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e dos grupos de risco para desenvolver formas graves, assim como identificação de novos focos da doença no país. Portanto, os casos confirmados em Campinas não representam a totalidade.

 

2. PROVIDÊNCIAS
• Capacitação das redes de saúde pública e privada;

• Reuniões com setores hoteleiro, de turismo, comercial, de educação e com a RMC;

• Reunião com secretariado e autarquias municipais;

• Reunião com o Conselho Municipal de Saúde;

• Elaboração do plano de contingência e protocolo de atendimento;

• Incremento do plantão de vigilância;

• Reorganização da rede de assistência;

• Adiamento do início das aulas para todas as escolas públicas até dia 17 de agosto, suspensão das aulas na educação infantil até esta mesma data e recomendação da prorrogação das férias também para a rede privada inclusive universidades e faculdades;

• Adequação da logística de recursos materiais e humanos;

• Incremento constante das ações de comunicação, informação e mobilização social, tendo sido firmadas recentemente parcerias com a Emdec, para campanha na Rodoviária e entre motoristas e cobradores, e com a Unimed Campinas, para campanha entre profissionais de saúde cooperados e para a população em geral;

• Divulgação de orientação técnica para que gestantes trabalhadoras que atuem em contato direto com o público, particularmente na área da saúde, fossem deslocadas para novas atribuições ou afastadas de suas atividades, de acordo com as especificidades de cada local ou, na impossibilidade de transferência, que as instituições estudassem alternativas legais de afastamento temporário destas mulheres. Esta orientação se mantém;

• Criação do Comitê Assessor Municipal da Influenza A (H1N1), constituído por pessoas que representam outros setores da saúde no município, das áreas científica e de assistência, para somar forças com a Administração Municipal nas decisões, medidas de controle e de assistência aos pacientes. Este comitê já se reuniu três vezes;

• Ampliação do acesso à medicação a partir de 15 de agosto, data em que os pacientes moradores de Campinas com síndrome gripal e com fator de risco para complicações passaram a ser encaminhados para a retirada do medicamento no Hospital Municipal Mário Gatti – no Acolhimento do Pronto-Socorro –, na avenida Faria Lima, das 7h às 23h, e no Complexo Hospitalar Ouro Verde - na farmácia externa do Pronto-Socorro, na avenida Ruy Rodrigues, 3034, com atendimento 24 horas.

• Na volta às aulas, a Prefeitura intensificou as ações de educação em saúde, informação e mobilização social com a distribuição de 300 mil folhetos entre alunos, pais e professores com orientação sobre a nova gripe, sintomas, orientações sobre crianças com sinais – que não devem freqüentar a escola e precisam de atendimento médico – e sobre afastamento para os alunos com síndrome gripal – que devem permanecer em casa por sete dias após início de sintomas;

• Divulgação de boletins epidemiológicos.

 

4. ÓBITOS NO ESTADO DE SÃO PAULO E NA REGIÃO:

• No mundo, segundo a OMS, pelo menos 209.438 pessoas já foram infectadas pelo Influenza A (H1N1). Pelo menos 2.185 morreram por causa da doença. No Brasil, foram confirmados 899 óbitos por Influenza A, segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde no dia 16 de setembro. No Estado de São Paulo, foram 327 ÓBITOS. No comparativo com os 15 países com maior número absoluto de mortes, o Brasil tem a 5ª taxa de mortalidade, que representa o número de casos em cada 100 mil habitantes.

 

5. RECOMENDAÇÕES:

A Vigilância em Saúde de Campinas reforça as medidas de prevenção e proteção individual que neste momento são as mais importantes para reduzir o risco da propagação da doença no município e no País. As medidas são:

• Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável.

• Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar.

• Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.

• Pessoas com qualquer gripe não devem freqüentar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas;

• Procure o seu médico ou a unidade de saúde em caso de gripe para diagnóstico e tratamento adequados;

• Não usar medicamentos sem orientação médica. A automedicação pode ser prejudicial à saúde.

Para mais informações, disque 156 ou 160 ou acesse www.campinas.sp.gov.br/saude

 

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