Medicamento
foi adquirido em compra emergencial que custou R$ 33 mil.
Valor será ressarcido pelo Laboratório Organon à Prefeitura
A Secretaria de
Saúde de Campinas recebe nesta quinta-feira, 7 de novembro,
cinco mil doses do anticoncepcional injetável Depoprovera –
acetato de medroxiprogesterona – produzido pela Pharmacia do
Brasil.
O medicamento
possui o mesmo princípio ativo do Tricilon, fabricado na
Holanda e distribuído no Brasil pelo Akzo Nobel Ltda - Divisão
Organon. As doses foram adquiridas em compra emergencial para
substituir o Tricilon, suspenso na rede pública de saúde do
município em 22 de outubro, após apresentar problemas. A
quantidade é suficiente para abastecer a rede de saúde por
dois meses.
A compra de
emergência custou R$ 33 mil para a Secretaria de Saúde. O
valor será ressarcido aos cofres da Prefeitura pelo Laboratório
Organon, por meio de crédito gerado junto à distribuidora de
medicamentos Interlab, que forneceu o Tricilon para a
Secretaria.
O laboratório
Organon propôs à Secretaria de Saúde repor todos prejuízos
financeiros ocasionados pela suspensão do anticoncepcional. Além
de ressarcir os valores da compra emergencial, a empresa também
vai repor as 20 mil doses do anticoncepcional que a Prefeitura
de Campinas ainda tinha em estoque no dia da interdição.
Metade deste total - 10 mil doses – será substituída pela
empresa por um anticoncepcional injetável, com mesmo princípio
ativo, de outra marca. As outras 10 mil serão repostas com um
crédito junto à distribuidora Interlab.
O Laboratório
Organon apresentou a proposta de arcar com os prejuízos
sofridos pela Prefeitura de Campinas em reunião com
representantes da Secretaria de Saúde no último dia 31. Os
termos do ressarcimento foram oficializados no final da tarde
desta terça-feira, 5 de novembro.
Entenda o caso
Em 22 de
outubro, a Secretaria de Saúde de Campinas interditou a utilização
do lote A 32720 do Tricilon em toda cidade. O medicamento era
distribuído gratuitamente nos Centros de Saúde. Farmácias
particulares também vendiam o medicamento. Como medida
cautelar, a Vigilância Sanitária Municipal também suspendeu a
utilização de todos os outros lotes na rede pública de saúde.
A decisão foi
adotada depois que exames do Instituto Adolfo Lutz comprovaram
problemas na solução do anticoncepcional. Os exames foram
requisitados ao Lutz pela Vigilância Sanitária de Campinas após
relatos de profissionais de saúde sobre dificuldades na
solubilidade do produto. Associada a esta queixa, também havia
relatos de três mulheres que utilizaram a medicação nos
Centros de Saúde e mesmo assim ficaram grávidas.
Após a decisão
de Campinas, a Secretaria de Saúde do Estado e o Ministério da
Saúde também suspenderam o uso do medicamento em todo País.