A simulação de
um acidente ferroviário, com dezenas de vítimas, no último dia
20, num trecho da Ferroban, na Vila Industrial, marcou mais uma
etapa na implantação do Plano de Enfrentamento a Desastres no
Hospital Municipal "Dr. Mário Gatti", em Campinas.
O acidente fictício
envolveu, ainda, um ônibus municipal. Cerca de duzentas pessoas,
incluindo funcionários do Hospital, participaram do socorro às
dezenas de vítimas. Tiveram participação direta na ação
simulada, entidades como Corpo de Bombeiros, Brasil Ferrovias,
Samu, Defesa Civil, Polícia Militar e Técnica e Guarda
Municipal.
Alunos da PUC de
Campinas também exerceram função importante na simulação,
interpretando o papel de dezenas de vítimas, com ferimentos em
diversos níveis de gravidade.
Conforme explicou
a enfermeira Marilene Wagner, gerente do Pronto-Socorro Adulto do
HMMG, o Plano de Enfrentamento a Desastre é imprescindível em um
hospital do porte do Mário Gatti.
Segundo a
enfermeira, Campinas tem todas as caracaterísticas de uma cidade
que, a qualquer momento, pode precisar de um atendimento especial
de urgência e emergência. "O último confronto de
torcedores no campo do Guarani é um bom exemplo de como a cidade
precisa estar preparada para esse tipo de ocorrência",
lembra ela.
Marilene explica,
ainda, que o fato de abrigar um aeroporto internacional, ser
cortada por importantes rodovias, possuir uma considerável
densidade demográfica, além de sediar dois estádios de futebol,
deixa Campinas na condição de vulnerável a acidentes graves.
"A localização
do Mário Gatti – ressalta a gerente do PS – em ponto de fácil
acesso, sem contar sua condição de hospital público, aumenta a
demanda expontânea e qualquer ocorrência de maior gravidade
exige a ação de uma equipe bem treinada".
A simulação
Uma vez informado
do "acidente" , por volta das 9h da última
quarta-feira, o serviço e PABX do Mário Gatti anunciou que o
Hospital estava em estado de "Alerta Amarelo". Isso
colocou todos os setores de sobreaviso. Os funcionário do
Hospital Municipal, com exceção da chefia do PS, desconheciam o
caráter fictício do acidente.
Imediatamente,
assim que a ocorrência foi confirmada, o chefe de plantão do PS
pediu que fosse anunciado pelo interfone, estado de "Alerta
Vermelho". Esse aviso mobilizou todas as equipes médicas,
que inclui cirurgia, neurologia, ortopedia, banco de sangue e
centro cirúrgico.
Em seguida, o
serviço de som do Hospital anunciou "Alerta Vermelho
1". Essa advertência sinaliza que o número de vítimas é
maior do que a capacidade de atendimento do Mário Gatti.
Uma vez em estado
de "Alerta Vermelho 1", a chefia do PS solicita a rede
de ajuda. Assim, cada setor do Hospital envia um profissional ao
"Posto de Comando" montado no hall de entrada.
Para facilitar o
acesso e a circulação, os médicos e enfermeiros das alas
amarela, verde e vermelha são identificados com coletes
coloridos.
Nesse andamento,
a chefia do PS, em contato com as equipes de resgate, Corpo de
Bombeiros, Polícia e Samu, orienta a distribuição dos feridos
para os demais hospitais da cidade, que também já estão
informados do ocorrido.
Enquanto isso, o
Serviço Social do Mário Gatti, bem como a Assessoria de
Imprensa, mediante autorização do Posto de Comando, cuidam de
fazer o acolhimento e passar todas as informações aos familiares
e à imprensa.
Cabe à Assistência
Social, ainda, monitorar o sistema de registro para localização
de vítimas. Esse controle permite aos atendentes de plantão
informar onde, extamente, cada ferido foi encaminhado e está
sendo atendido.