No último sábado,
23 de novembro, Dia D Nacional de Combate à Dengue, campineiros
foram incentivados a tomar medidas simples para identificar e
eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti, mosquito que
transmite a doença. A Secretaria Municipal de Saúde, em
parceria com de diversos segmentos do setor público e com apoio
da iniciativa privada, agitou as cinco regiões de subdivisão
do município com as mais diferentes formas de manifestações.
E em toda Campinas, cidadãos entraram nesta batalha com boa
vontade e muita criatividade.
Nos bairros da
área central, dezenas de carros percorreram as ruas em adesão
à carreata que teve como objetivo alertar as pessoas sobre a
importância da doença. No largo do Rosário, na Lagoa do
Taquaral e no Bosque dos Jequitibás foram instaladas barracas
que detonaram campanhas educativas e promoveram brincadeiras e
peças de teatro sobre o tema. Panfletos com dicas sobre como
eliminar o mosquito foram distribuídos em toda cidade.
As empresas do
município também se mobilizaram para acabar com a dengue. Com
o lançamento do Projeto Criadouro Zero, funcionários ligados
às Cipas (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e
Sesmt (Serviço de Engenharia e Segurança de Medicina do
Trabalho), sindicalistas e profissionais dos ambulatórios das
indústrias foram conscientizados sobre a realidade da doença
em Campinas e passaram a atuar no seu ambiente de trabalho como
multiplicadores, divulgando os meios de combater o Aedes
aegypti. O Criadouro Zero foi lançado na última
sexta-feira, 22 de novembro.
Nas escolas, os
sintomas e as formas de evitar a doença passaram a fazer parte
do currículo. Professores receberam subsídios da Secretaria de
Saúde para que tenham meios de conscientizar seus alunos
trabalhando para que eles divulguem dentro das suas casas e na
comunidade os meios de prevenir a dengue. De segunda-feira a sábado
da semana passada, para chamar atenção para o Dia D, a dengue
virou tema de gincanas e de muitos outros motivos para brincar.
Nas brincadeiras, o Aedes aegypti era o vilão. Ganhava o
jogo que conseguisse eliminá-lo.
Agentes comunitários
e outros profissionais de saúde alertaram sobre os perigos da
doença, diariamente durante toda semana, em cada uma das cinco
regiões da cidade. É Campinas mobilizada para impedir a
entrada de uma nova epidemia.
Somente no sábado
foram distribuídos centenas de folhetos e cartazes em todos os
cantos do município, incluindo panfletagem na feira de
artesanato de Barão Geraldo, que abrigou uma tenda com informações
sobre como combater a doença. Quem passou pelo terminal de Barão
também recebeu folhetos educativos. Ainda no dia 23, cinco
caminhões de entulhos foram retirados de um edifício
abandonado inacabado na rua José Inocenso de Campos, 66, no
Centro de Campinas.
A coordenadora
das ações preventivas da dengue, Fernanda Borges explica que o
Dia D é uma data que dá ênfase para a questão. Ela informa
que as ações já vêm sendo realizadas constantemente e
diariamente em Campinas. "Estas atividades que estão sendo
realizadas no período que antecede a estação das chuvas visa
reduzir de maneira significativa a oferta de criadouros do
mosquito para que nós possamos enfrentar o próximo verão com
um número muito menor de casos do que o que foi registrado
neste 2002", diz Fernanda.
Neste ano,
Campinas registrou 1.430 de dengue, incluindo nove casos da
forma hemorrágica, que é mais grave e pode levar à morte. Em
2001, foram 731. A doença é transmitida pela Aedes aegypti,
mosquito que se desenvolve na água.
Continuidade
– E todos os dias desta semana, a partir desta segunda, 25,
profissionais da Secretaria de Saúde percorrem as ruas da
cidade promovendo arrastões para eliminação dos criadouros do
mosquito e conscientizando as pessoas sobre a importância de
combater a dengue. Segundo levantamento feito recentemente pela
Secretaria de Saúde, mais de 90% dos focos do mosquito estão
nas residências em vasos de plantas e em garrafas nos quintas.
Hoje, na região
Norte da cidade, as ações prosseguem com verificação,
limpeza e cobertura de caixas d’água nas áreas em que
Campinas faz divisa com Sumaré e Hortolândia. Nos Parques
Shalon 1, 2 e 3, caixas d’água com problema de vedação estão
sendo cobertas com telas milimétricas. A comunidade possui 450
residências e a ação deve durar até quarta-feira, 27. Também
na quarta-feira, 27, será promovido arrastão na Vila Esperança.
Também estão sendo colocadas telas na Gleba B, na região Sul.
Na região
Leste, os profissionais dão prosseguimento às ações nas
obras abandonadas. Desta vez, a limpeza está sendo programada
para o prédio da rua Luiz José de Queiroz.
As equipes de
referência do CS Dic III, na região Sudoeste, programaram
atividades de controle da dengue em toda área de cobertura do
serviço. Na próxima quinta-feira, 28, será realizado
cata-criadouro e sensibilização dos moradores com visita e
orientação de casa em casa na ocupação Carlos Marighela.