Os 47 Centros
de Saúde, 13 Módulos do Paidéia e as duas Policlínicas da
Prefeitura de Campinas passaram, esta semana, a marcar
consultas de especialidade pela internet. Este é o primeiro
passo para a informatização completa do sistema público de
saúde do município, que deverá ocorrer em três etapas, ao
longo dos próximos meses, com apoio do Ministério da Saúde.
A Secretaria
de Saúde investiu R$ 18 mil, além de montar a infraestrutura
(computadores e servidores), e solicitou investimentos de R$ 1
milhão, R$ 700 mil dos quais virão do Governo Federal e R$
300 mil de contrapartida do Governo Municipal. Atualmente, a
Secretaria de Saúde realiza 170 mil consultas por mês das
quais 24 mil são com médicos especialistas.
A informatização
do sistema, prevista no projeto Saúde on-line (Sol), vai
agilizar os casos dos usuários que necessitam passar por
consultas com médicos especializados, como cardiologistas,
oftalmologistas, ortopedistas e dermatologistas.
O médico
sanitarista Roberto Marden, diretor de Saúde de Campinas,
explicou que, a partir de agora, quando necessário, ao sair
da consulta com o médico generalista o paciente já vai estar
com data marcada com o especialista. "Até a semana
passada, o cidadão saía do serviço com um pedido de
encaminhamento feito no papel e tinha que voltar ao Centro de
Saúde ou aguardar em casa para saber o dia da consulta",
disse.
Segundo
Marden, o sistema ainda vai permitir uma redução nas perdas
de consulta, que hoje ficam em média em 24%, e, conseqüentemente,
no tempo de espera. "Com certeza, o sistema facilita e
agiliza o atendimento ao cidadão", afirmou.
As perdas
acontecem quando o paciente não comparece à consulta. São
situações que ocorriam até então porque o paciente não
voltava ao Centro de Saúde para verificar a data da consulta
ou então porque a pessoa já tinha um outro compromisso no
dia para o qual a consulta foi agendada.
Além disso,
as vagas de especialidades estarão todas disponibilizadas
pelo sistema. E, quando estiver implantado na sua totalidade,
o SOL ainda vai regular as consultas pelo risco a que o
paciente está submetido – pela gravidade do caso - e não
mais pela ordem de chegada.