A Prefeitura de Campinas promove neste sábado, 19 de
novembro, no Dia D de Mobilização contra a Dengue,
no Planetário da Lagoa do Taquaral, Região Leste, e
na Escola Vida Nova III, Sudoeste, campanhas
educativas com o objetivo chamar a população para
participar ativamente das ações de prevenção e
controle da doença.
As
atividades acontecem nos dois locais das 9h às 13h e
incluem panfletagem, exposição em estandes,
apresentação de vídeos, coral e dança sobre o
tema. Está programada para ocorrer nas imediações
do Planetário, a soltura de 6 mil balões. A
Secretaria Municipal de Saúde vai aproveitar a
oportunidade para divulgar maneiras de evitar outros
agravos como leptospirose, febre maculosa, raiva e
acidentes com animais peçonhentos.
Na
Escola do Vida Nova, um grupo de usuárias do Centro
de Saúde (CS) Tancredão, vai expor trabalhos de
reciclagem com garrafas pet.. A Administração
Municipal ainda preparou uma grande campanha publicitária,
com spots de rádio que serão veiculados durante todo
período de calor e chuvas.
Desde
a semana passada, dentro das atividades para marcar o
Dia D de Mobilização contra a Dengue, que ocorre em
todo País, a Prefeitura tem agitado as cinco regiões
de subdivisão do município com as mais diferentes
formas de manifestação para chamar a atenção da
comunidade para necessidade de combate ao mosquito Aedes
aegypti, que transmite o vírus que causa a
dengue. Foram promovidos arrastões em vários locais
e nos cemitérios da Saudade e Santo Antônio para
remoção de criadouros.
A
Secretaria de Saúde de Campinas também fez da semana
que marca o Dia Nacional de Combate à Dengue uma
oportunidade para avaliar o controle da dengue no
município e traçar estratégias para o próximo período.
Neste sentido, realizou uma oficina no último dia 11
com mais de 70 profissionais entre gestores, técnicos
das vigilâncias em saúde (Visas), supervisores de
controle ambiental e outros profissionais da pasta.
Para
incentivar as ações de educação em saúde, na última
quinta-feira, dia 17, mais de 500 agentes comunitários
de saúde e supervisores e agentes de controle
ambiental participaram da Mostra de Experiências de
Educação, Comunicação e Mobilização Social que
teve como objetivo motivar os profissionais para o
enfrentamento da doença e propiciar troca de
possibilidades criativas em educação ambiental. É
Campinas mobilizada para impedir a entrada de uma nova
epidemia.
Para
o próximo período – 2006/2007 -, a Vigilância em
Saúde da Prefeitura está alerta para a possibilidade
de um aumento de casos. "O aumento da ocorrência
em regiões localizadas verificadas em 2005 em
Campinas e em outras cidades do País aponta para o
risco de novos surtos epidêmicos. Por isso, a
Secretaria de Saúde está se organizando para um
trabalho mais intenso e ainda mais organizado,
inclusive com ampliação das ações de educação em
saúde e comunicação e mobilização social",
afirma a coordenadora da Saúde Coletiva da
Prefeitura, a enfermeira sanitarista Salma Balista.
Segundo
Salma, este sábado é uma data que dá ênfase para o
combate à dengue. No entanto, ela alerta aos
campineiros que não é preciso esperar pelo Dia
Nacional de Combate para que eles se certifiquem de
que não estão criando em casa o mosquito transmissor
da doença.
"É
necessário tomar providências diariamente. Até
pequenos objetos podem servir de criadouros. Na época
de chuva, por exemplo, qualquer recipiente que acumule
água pode servir como local de reprodução do
mosquito", diz. E, segundo a sanitarista, basta
somente um pouco de boa vontade e atenção para
transformar o ambiente em um local livre de dengue.
"São medidas como ajustar pratos aos vasos,
manter garrafas de cabeça para baixo, pneus cobertos,
lixos e cisternas tampados e a caixa d’água limpa e
bem vedada", afirma.
Saiba
mais.
A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus
de evolução benigna, na maioria dos casos, e seu
principal vetor é o mosquito Aedes aegypti,
que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais.
O vírus causador da doença possui quatro sorotipos:
DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles
dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e
imunidade parcial e temporária contra os outros três.
Existem duas formas de dengue: a clássica e a hemorrágica.
A dengue clássica apresenta-se geralmente com febre,
dor de cabeça, no corpo, nas articulações e por trás
dos olhos, podendo afetar crianças e adultos. A
dengue hemorrágica é a forma mais severa da doença,
pois além dos sintomas citados, é possível ocorrer
sangramento, ocasionalmente choque e conseqüências
como a morte.
Em
2005, foram notificados 115 casos de dengue em
Campinas, sendo 94 autóctones – quando a pessoa é
infectada onde mora – de acordo com dados da Saúde
Coletiva da Secretaria Municipal de Saúde. O município
registra transmissão do vírus da dengue há nove
anos consecutivos, com picos epidêmicos em 1998,
2001, 2002 e 2003, sendo que o maior número de casos
– 1,4 mil casos - foi registrado em 2002. Em 2003,
houve 450 confirmações e, no ano passado, 24.
Os
exames laboratoriais mostram, no município, a circulação
do vírus da dengue dos tipos 1, 2 e 3 nestes anos de
epidemia, sendo que em 2000 houve um óbito de dengue
hemorrágico, na epidemia de 2002 ocorreram 9 casos de
dengue hemorrágico, sem óbitos, e, em 2003, três
casos de dengue hemorrágico, um deles importado.
Denize
Assis