Fórum sobre prevenção de DST/Aids entre adolescentes reúne mais de 150

29/11/2006

Mais de 150 pessoas participaram nesta quarta-feira, 29 de novembro, no Salão Vermelho da Prefeitura de Campinas, do 1º Fórum de Debates “Prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis/Aids e Hepatites Virais com Crianças e Adolescentes em Situação de Abrigamento, Privação de Liberdade e Tratamento em Comunidade Terapêutica”.

O evento integra o conjunto de ações do Programa Municipal de DST/Aids da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da Prefeitura de Campinas e Parceiros para marcar o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, 1º de Dezembro, data reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O Fórum teve início às 9h, com uma mesa de abertura com presença do secretário municipal de Saúde de Campinas, José Francisco Kerr Saraiva, da coordenadora do Programa DST/Aids, Maria Cristina Ilário, e da professora Ligia Costa Kaysel, representante do secretário municipal de Cidadania, Trabalho, Assistência e Inclusão Social, Waldir José Quadros.

O primeiro tema discutido e ressaltado na mesa de abertura foi o protagonismo dos jovens na prevenção à aids. A mesa também abordou a questão do acesso a insumos de prevenção, como a camisinha, distribuída qualitativamente às populações vulneráveis.

O juiz da Vara da Infância e da Juventude em Campinas, Richard Pae Kim, que participou das discussões, destacou a garantia de visitas íntimas aos adolescentes em cumprimento de medida sócio-educativa.

A garantia de visitas íntimas, segundo o juiz, está prevista em uma série de novas medidas em processo de regulamentação no Brasil para tratar de questões relativas à criança e ao adolescente. Para o juiz, o desafio está justamente na forma de cumprimento de tais medidas.

“Existem 12 tipos de leis que tratam da garantia de prevenção e tratamento. Para exercitar esses direitos temos um sistema para garanti-los. É preciso um meio termo entre tornar a prevenção efetiva e não estimular as relações sexuais”, disse. Pae Kim comentou a reação de jovens que são encaminhados à Vara da Infância e Juventude.

“Eles ficam nos olhando e devem pensar que seria melhor ter um juiz adolescente para melhor entendê-los”, disse. De forma descontraída o magistrado referiu-se ao que seria uma forma de protagonismo das crianças e adolescentes diante de suas questões, em alusão ao tema do Dia Mundial de Luta Contra a Aids deste ano: o protagonismo das pessoas que vivem com hiv/aids.

A programação do Fórum incluiu o debate “Prevenção ás DST/Aids com Criança e Adolescente”, apresentação do projeto “Tambor Dá Saúde” com a Casa de Cultura Tainã e o compartilhamento de experiências e saberes. No encerramento, o público pôde conferir músicas selecionadas pelo DJ Neger.

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