Mais de
150 pessoas participaram nesta quarta-feira, 29 de
novembro, no Salão Vermelho da Prefeitura de Campinas,
do 1º Fórum de Debates “Prevenção às Doenças Sexualmente
Transmissíveis/Aids e Hepatites Virais com Crianças e
Adolescentes em Situação de Abrigamento, Privação de
Liberdade e Tratamento em Comunidade Terapêutica”.
O evento
integra o conjunto de ações do Programa Municipal de DST/Aids
da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da Prefeitura de
Campinas e Parceiros para marcar o Dia Mundial de Luta
Contra a Aids, 1º de Dezembro, data reconhecida pela
Organização das Nações Unidas (ONU).
O Fórum
teve início às 9h, com uma mesa de abertura com presença
do secretário municipal de Saúde de Campinas, José
Francisco Kerr Saraiva, da coordenadora do Programa DST/Aids,
Maria Cristina Ilário, e da professora Ligia Costa
Kaysel, representante do secretário municipal de
Cidadania, Trabalho, Assistência e Inclusão Social,
Waldir José Quadros.
O primeiro
tema discutido e ressaltado na mesa de abertura foi o
protagonismo dos jovens na prevenção à aids. A mesa
também abordou a questão do acesso a insumos de
prevenção, como a camisinha, distribuída
qualitativamente às populações vulneráveis.
O juiz da
Vara da Infância e da Juventude em Campinas, Richard Pae
Kim, que participou das discussões, destacou a garantia
de visitas íntimas aos adolescentes em cumprimento de
medida sócio-educativa.
A garantia
de visitas íntimas, segundo o juiz, está prevista em uma
série de novas medidas em processo de regulamentação no
Brasil para tratar de questões relativas à criança e ao
adolescente. Para o juiz, o desafio está justamente na
forma de cumprimento de tais medidas.
“Existem
12 tipos de leis que tratam da garantia de prevenção e
tratamento. Para exercitar esses direitos temos um
sistema para garanti-los. É preciso um meio termo entre
tornar a prevenção efetiva e não estimular as relações
sexuais”, disse. Pae Kim comentou a reação de jovens que
são encaminhados à Vara da Infância e Juventude.
“Eles
ficam nos olhando e devem pensar que seria melhor ter um
juiz adolescente para melhor entendê-los”, disse. De
forma descontraída o magistrado referiu-se ao que seria
uma forma de protagonismo das crianças e adolescentes
diante de suas questões, em alusão ao tema do Dia
Mundial de Luta Contra a Aids deste ano: o protagonismo
das pessoas que vivem com hiv/aids.
A
programação do Fórum incluiu o debate “Prevenção ás
DST/Aids com Criança e Adolescente”, apresentação do
projeto “Tambor Dá Saúde” com a Casa de Cultura Tainã e
o compartilhamento de experiências e saberes. No
encerramento, o público pôde conferir músicas
selecionadas pelo DJ Neger.