Profissionais do
Distrito de Saúde Leste participam nesta quarta-feira, 11 de
dezembro, de uma oficina sobre aconselhamento para teste de HIV.
O evento, que ocorre das 8h30 às 12h30 no CRA (Centro de referência
para a aids), é direcionado às pessoas que atuam nos NSC (Núcleos
de Saúde Coletiva) e aos coordenadores dos Centros de Saúde da
região Leste. O trabalho faz parte do processo de qualificação
e capacitação dos profissionais da Secretaria de Saúde para o
aconselhamento e ações de prevenção em DST/AIDS.
A idéia é
sensibilizar estes profissionais para que eles incluam na rotina
de trabalho dos Centros de Saúde o aconselhamento para o teste
HIV. Isto significa que, ao receber a pessoa que quer fazer o
teste, o profissional vai primeiro acolhê-la, conversar sobre o
assunto, prepará-la para receber o resultado e só então
encaminhar o processo. Os integrantes dos Núcleos e
coordenadores irão disseminar as informações aos
trabalhadores dos oito Centros de Saúde da região Leste, referência
para 220 mil cidadãos de Campinas. O CRA fica na rua Regente
Feijó, 637.
Política de
prevenção
- A oficina é parte da política da Secretaria de Saúde para a
área de DST/AIDS em Campinas. A cidade, reconhecida no Brasil
como modelo na assistência e tratamento da Aids, quer agora se
tornar referência também na área de prevenção a infecção
pelo HIV e outras DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis).
Para atingir este objetivo, o Programa Municipal de DST//AIDS já
colocou em prática vários projetos que priorizam a abordagem
às pessoas mais vulneráveis à doença e às populações
expostas ao risco de infecção pelo HIV e outras doenças
sexualmente transmissíveis.
Incidência
- Campinas tem notificados 3.407 casos de Aids de 82 até
novembro de 2002. Deste total, 60% já foram a óbito (2.044).
De todos os casos notificados, 2.559 são homens e 845 são
mulheres, proporção de aproximadamente três casos em homens
para cada caso em mulheres. Na década de 80, início da
epidemia, esta proporção era em média de 50 homens para cada
mulher.
A faixa etária
de maior concentração é de pessoas com idades entre 15 anos e
49 anos, com maior número entre 25 e 39 anos. Com os dados
atualmente disponíveis, a principal via de transmissão da Aids
em Campinas é por meio da relação heterossexual – de homem
com mulher -, seguida imediatamente pelas transmissões entre
usuários de drogas injetáveis.
Em Campinas, a
capacidade de diagnosticar a Aids foi sensivelmente melhorada
por meio do diagnóstico laboratorial, que mede a quantidade de
células CD4/CD8 ( medidoras da situação do sistema de defesa
do organismo) e da quantificação da carga viral (números de vírus
HIV presentes no sangue). Até meados de 2001, a grande maioria
dos casos de Aids era notificada por critérios clínicos
(aparecimento de doenças oportunistas que só estão presentes
quando o sistema de defesa do corpo está muito fraco).
O Amda (Ambulatório
Municipal de DST/AIDS), serviço de referência do município,
numa pesquisa recente do Ministério da Saúde, foi classificado
como um serviço de excelência recebendo a nota máxima na
avaliação. A maioria das notificações de casos de Campinas,
70%, são feitas pelo Amda. O serviço atende o dia todo, com
uma equipe multiprofissional., e 90% das pessoas acometidas pela
Aids em Campinas recebem assistência no Amda.