A
Prefeitura de Campinas vai colocar em prática no início
de 2007 o Projeto de Educação em Saúde sobre Parasitose
Infantil. O plano, elaborado pela área técnica da Saúde
da Criança e do Adolescente da Secretaria Municipal de
Saúde, consiste na execução de ações
preventivas-educacionais e terapêuticas de parasitoses
intestinais.
O projeto,
que está em fase final de elaboração, vai envolver ações
da Secretaria Municipal de Saúde em parceria com as
secretarias municipais de Educação e de Assistência
Social, Ceasa, Grupo Gestor da Alimentação Escolar e
Departamento de Comunicação (Decom).
“Vamos
focar principalmente as ações de educação em saúde,
comunicação e mobilização social voltada para unidades
básicas de saúde, escolas, centros de educação infantil
(Cemeis) e repartições públicas. O plano também inclui o
tratamento das pessoas infectadas, após realização de
exames de fezes, medida que já é realizada na rotina da
rede pública municipal de saúde”, informa a médica
pediatra Maria Fernanda Haddad, coordenadora municipal
da área técnica da Saúde da Criança e do Adolescente de
Campinas.
Maria
Fernanda diz que as parasitoses intestinais apresentam
alta prevalência na população brasileira, principalmente
em crianças. Em Campinas, segundo trabalhos científicos
realizados recentemente, a prevalência de parasitose
intestinal na população varia de 18,8% a 21,2%, sendo
crianças na faixa etária de 2 anos a 12 anos as mais
acometidas.
Trabalho
realizado no Laboratório Municipal de Patologia Clínica
em 2005 mostrou que 21,2% dos exames
proctoparasitológicos foram positivos. Deste total,
80,7% apresentaram 1 parasita, 15,7% dois e 3,5% 3 ou
mais. Este mesmo trabalho mostrou a seguinte freqüência
de parasitas: Giárdia lamblia (4,02%), Ascaris
lumbricoides (2,57%), strogiloides stercoralis (0,95%),
Trichuris trichiura (0,68%) e Ancilostomidiae (0,61%).
Segundo a
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e consensos do
Ministério da Saúde, a abordagem do problema das
parasitoses intestinais deve ser na área preventiva
(educacional) e terapêutica (tratamento das pessoas
infectadas). “Estudos mostram que a relação
eficiência/eficácia em tratar-se a população
indiscriminadamente (em massa) não é vantajosa”, observa
Maria Fernanda.
A
coordenadora explica que a campanha educativa prevista
no projeto será desenvolvida em parceria com o
Departamento de Comunicação da Prefeitura (Decom) de
Campinas e inclui: distribuição de cartazes explicativos
e filipetas nas unidades básicas de saúde e em
repartições públicas; folderes desenvolvidos
especialmente para crianças; atividades interativas
educacionais em escolas para a faixa etária prioritária;
e divulgação de peças publicitárias em rádios, emissoras
de televisão e jornais.
A
perspectiva da Secretaria de Saúde é que o projeto seja
colocado em prática em março.
Saiba
mais.
As parasitoses são
causadas por vermes ou protozoários que estão presentes
na água contaminada, solo e alguns são transmitidos ao
homem por animais domésticos como gato e cachorro. Estes
parasitas se alojam no organismo, se alimentam de sangue
ou do conteúdo intestinal e causam uma série de
prejuízos.
Os sintomas comuns das
parasitoses são dores abdominais, diarréias e, em casos
mais graves, anemias e desnutrição. A maioria delas pode
ser evitada por medidas de higiene e limpeza, outras
necessitam de cuidados específicos.
Como evitar:
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