Autor: Assessoria de Comunicação da Secretaria da Saúde
Os laboratórios de análises clínicas de Campinas estão investindo na qualidade dos serviços prestados à população, o que garante dados confiáveis para os médicos e, sobretudo, segurança para os pacientes. Essa constatação é feita pela Covisa (Coordenadoria de Vigilância Sanitária) de Campinas após inspecionar os 58 laboratórios do município.
Esse trabalho da Covisa de Campinas foi apresentado em agosto deste ano, em Vitória (ES), no Fórum de Vigilância Sanitária da Região Sudeste e acabou selecionado para representar o Estado de São Paulo no Fórum Federal realizado em Brasília, no último mês de novembro, eventos promovidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Durante o fórum, em Vitória, foram discutidas propostas de ação apresentadas pelas vigilâncias do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
O trabalho “Gestão Técnica da Vigilância Sanitária de Laboratórios Clínicos e Avaliação das Condições Sanitárias em Campinas – SP” foi apresentado nos dois fóruns pela Coordenadora de Vigilância Sanitária da Covisa, Ellen Fagundes de Telli e pela farmacêutica da Covisa, Cléria Maria Moreno Giraldelo.
Para qualificar a inspeção, conforme explica Cléria Maria, foi criado um grupo técnico municipal que selecionou normas e buscou qualificar e capacitar os profissionais dessa área. Esse trabalho resultou num roteiro de inspeção, com ênfase para a avaliação de risco à saúde. Para o estudo que foi levado para Vitória e Brasília, segundo esclarece a farmacêutica, foram visitados 24% dos laboratórios da cidade e, em seguida, a inspeção ocorreu nas demais unidades.
A iniciativa da Covisa foi estruturada em um roteiro que priorizou a legislação vigente e os riscos sanitários. “Nosso trabalho procurou investigar os pontos frágeis, com a checagem de possíveis falhas na rotina dos serviços, na destinação dos resíduos e, ainda, na segurança e na saúde dos trabalhadores. Constatamos que os laboratórios cumpriam uma média de 69% desse roteiro. O que, no nosso entender, é insuficiente”, detalhou Cléria Maria.
Com base nessa avaliação, ficou determinado que, a partir de 2009, os laboratórios passem a cumprir um mínimo de 80% desse roteiro preparado pela Vigilância. A farmacêutica lembra que sem a comprovação dessa porcentagem positiva o laboratório não poderá obter a licença anual de funcionamento fornecida pela Prefeitura. Ela complementa que em 2009 todos os laboratórios de Campinas tiveram suas licenças renovadas.
“Nosso objetivo é melhorar a qualidade dos serviços oferecidos pelos laboratórios de Campinas e, após essa avaliação, podemos dizer que esses estabelecimentos estão investindo na qualificação dos serviços e na capacitação dos profissionais. Vamos manter as inspeções, no mínimo, anuais, com o objetivo de melhorar ainda mais a qualidade dos serviços prestados e a segurança dos usuários”, finalizou.
