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18/10/2016

Notícia - Seminário sobre Leishmaniose Canina reúne cerca de 100 pessoas

 

Cerca de 100 médicos veterinários, professores e estudantes de veterinária participaram do “Seminário para Atualização da Situação Epidemiológica da Raiva e da Leishmaniose Visceral Canina (LVC) no município de Campinas” na noite desta segunda-feira, 17 de outubro, no Salão Vermelho da Prefeitura. Organizado pela Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ), do Departamento de Vigilância em Saúde de Campinas (Devisa), com o apoio do Conselho Regional de Medicina Veterinária, o evento, gratuito, tinha por objetivo atualizar os clínicos veterinários do município sobre a situação epidemiológica das doenças. 

O secretário de Saúde de Campinas fez a abertura do Seminário e ressaltou a importância e o ineditismo do evento. “Estas são doenças desconhecidas e negligenciadas no Brasil, que oferecem risco de saúde pública”, resumiu. 

A coordenadora da Unidade de Vigilância de Zoonoses DEVISA/SMS Campinas e organizadora do Seminário, Tosca de Lucca, considera que o evento foi exitoso. “Abordamos as responsabilidades do médico veterinário com relação às zoonoses, o fluxo para notificação de casos suspeitos, para que sejam desencadeadas as medidas de proteção e controle dessas doenças”, explica. A diretora do Instituto Pasteur de São Paulo, Luciana Hardt, também prestigiou o evento.  

A Leishmaniose Visceral Canina é caracterizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma das seis doenças infecciosas mais importantes do mundo. Já foi detectada em pelo menos 12 países da América Latina, sendo que 90% dos casos ocorrem no Brasil. A doença, que possuía caráter eminentemente rural, expandiu-se para as áreas urbanas, tornando-se um problema de saúde pública. Hoje, a região Nordeste é a mais acometida, além de outros grandes centros como Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS) e outros municípios paulistas como Araçatuba, Bauru e Presidente Prudente. 

 

Raiva e leishmaniose em Campinas

O município registra casos de raiva em morcegos na área urbana desde 1998. Nos anos de 2014 e 2015 foram diagnosticados, respectivamente, casos de raiva em um gato e em um cão, ambos infectados por variantes virais de morcegos. Outros casos de raiva em cães e gatos infectados com variantes de morcegos foram confirmados nestes últimos anos em outros municípios do Estado de São Paulo. A raiva é 100% letal em mamíferos, inclusive no homem. 

Desde 2009, há registros de casos autóctones (contraídos no próprio município) de leishmaniose visceral canina (LVC), ainda sem registros de casos humanos. Muitos destes casos foram notificados à Vigilância em Saúde municipal por médicos veterinários dos serviços privados. Isso demonstra a reemergência da leishmaniose visceral no Brasil e a sua importância para a saúde pública mundial.

 

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Crédito: Zeca Filho
Secretário de Saúde, Carmino de Souza: abertura



Crédito: Zeca Filho
Brigina Kemp também esteve presente no evento