Classificação de risco segue modelo de humanização no Mário Gatti

15/07/2014

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O Hospital Municipal Dr. Mario Gatti, considera positiva a avaliação do 'Processo de Trabalho da Equipe do Acolhimento com Classificação de Risco”, que segue um modelo assistencial do princípio da Integralidade da Atenção Hospitalar com objetivo de humanizar o atendimento mediante escuta qualificada do cidadão que busca os serviços de urgência e emergência.

A unidade pública hospitalar implantou no dia 28 de janeiro de 2013 o serviço no qual os pacientes são acolhidos, avaliados, classificados e atendidos por critério de gravidade de risco e não por ordem de chegada.

Para a enfermeira responsável pelo serviço no Pronto Socorro Adulto (PSA), Wilmara Ribeiro, o Mario Gatti avançou em humanização, a partir do novo conceito em acolhimento. “Ao longo desse tempo, o Mario Gatti tem oferecido aos usuários que recorrem ao nosso serviço um acolhimento mais humanizado, com escuta qualificada, atendimento ágil, seguro e resolutivo”, disse.

O estudante João De Oliveira Santos, que procurou o Mario Gatti com queixa de febre e dor no corpo, considerou compreensível que o atendimento priorize os doentes mais graves. Classificado como caso sem gravidade, João se mostrou consciente de que pessoas com quadro clínico de risco têm prioridade, enquanto ele podia esperar. “É ruim esperar, mas a gente tem que entender que os doentes mais graves devem passar na frente”, declarou.

Classificação por cores

A equipe de classificação de risco é formada por médicos, dois enfermeiros, dois auxiliares de enfermagem, serviço social, estagiários e recepção.

O atendimento é iniciado com a identificação dos pacientes que necessitam de intervenção médica e de cuidados de enfermagem, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento.

Depois de acolhidos pelo auxiliar de enfermagem e de enfermeiro, que utilizam informações da escuta qualificada e da tomada de dados vitais como pressão arterial, oxigenação, pulso e temperatura, os usuários são classificados por cores.

A cor vermelha indica que o caso é de emergência e que o paciente deve ser atendido com prioridade. A equipe trabalha rapidamente com acionamento de sinal sonoro de alerta para preparação da sala de emergência.

Na cor amarela, o usuário terá atendimento com prioridade sobre classificados na cor verde, e será encaminhado para salas de espera sob supervisão continuada da equipe. A reavaliação clinica é realizada a cada trinta minutos. Em caso de alteração do quadro, o atendimento ocorre imediatamente.

Os usuários classificados como “verde” também aguardam atendimento médico em salas de espera e são avisados de que serão atendidos após os pacientes classificados como “vermelho” e “amarelo”. Se o quadro clínico é crônico e sem sofrimento agudo os pacientes são classificados na cor azul, sendo preferencialmente encaminhados para atendimento nas unidades básicas de saúde.

Para o coordenador do PSA, Fabio Morano, a implantação do serviço de acolhimento por classificação de risco garante maior segurança e resolutividade para o atendimento. “ As situações de estresse e conflitos na recepção do pronto atendimento diminuíram muito, tanto por parte dos usuários quanto por parte dos trabalhadores e recepcionistas, que hoje conseguem desenvolver o seu trabalho com maior tranqüilidade, agilidade e segurança”. Disse.

O Hospital Municipal Dr. Mario Gatti faz parte da rede assistencial da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas. É uma instituição pública “porta aberta”, que se obriga ao atendimento de forma ininterrupta a todos os pacientes que buscarem o serviço, independente do grau de complexidade ou agravos à saúde apresentados.


Crédito: Arquivo PMC
Exames ajudam a avaliar situação do paciente

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