Campinas inicia Campanha para detecção de hanseníase

15/10/2014

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O Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), da Secretaria de Saúde de Campinas, lança esta semana, de 13 a 17 de outubro, a “Campanha de Sintomáticos Dermatológicos”, que tem por objetivo a busca ativa de casos e diagnóstico precoce de hanseníase.

A campanha é de fundamental importância para conscientizar à população sobre a existência, diagnóstico precoce da doença e também sobre a disponibilidade do tratamento ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Os profissionais de saúde da rede SUS Campinas (médicos, equipes de enfermagem e técnicos das Vigilâncias em Saúde Regionais), receberam capacitação para o diagnóstico e tratamento da hanseníase em agosto deste ano.

Além da capacitação, foram distribuídos cartazes para toda a rede, estabelecimentos públicos e escolas do município. “É importante ressaltar que a Hanseníase tem cura e a detecção precoce é fundamental para o seu controle”, ressalta a enfermeira do Devisa, Rosalice Carvalho de Castro. O tratamento é de fácil acesso, os medicamentos estão disponíveis em todas as Unidades Básicas de Saúde. O diagnóstico precoce é muito importante na prevenção de incapacidades físicas geradas por essa doença.

A hanseníase no Brasil caiu 65% nos últimos 10 anos, a taxa de prevalência passou de 4,33 casos por 10 mil habitantes, em 2002, para 1,51, em 2012. Campinas acompanha esta tendência.

A meta do Ministério da Saúde até em 2015 é de eliminar a hanseníase para menos de um caso para cada 10 mil habitantes Em Campinas, essa meta foi alcançada e mantida desde 2005 e no estado de São Paulo desde 2006.

Sobre a hanseníase

A hanseníase é uma doença transmissível e curável, de evolução lenta, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, conhecido como bacilo de Hansen, que ataca pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O período de incubação da doença varia de dois a cinco anos.

A doença se manifesta, na maioria das vezes, pelo aparecimento de manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, com perda de sensibilidade. Na evolução clínica da doença podem aparecer placas avermelhadas, caroços pequenos na pele, formigamentos, dores e perda da força muscular em mãos e pés.

A hanseníase é transmitida através das vias aéreas em contato íntimo e prolongada. A maioria das pessoas é resistente ao bacilo e, portanto, não adoece.

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