Cohab distribui laço azul para divulgar alerta sobre câncer de próstata
17/11/2014
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Os funcionários e colaboradores da Companhia de Habitação Popular (Cohab) de Campinas foram desafiados a usar um laço azul nesta segunda-feira, 17 de novembro e por todo o restante do mês como forma de alertar os homens para o exame preventivo do câncer de próstata, que segundo a Organização Mundial de Saúde, é o segundo que mais mata homens no Brasil, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma.
A chamada geral para participar do Novembro Azul foi uma atividade da Coordenadoria de Recursos Humanos da empresa para lembrar o dia mundial de combate à doença, celebrado todo dia 17 de novembro.
Devido à grande incidência da doença e à acentuada resistência e preconceito em realizar exames preventivos, em 2003 foi criado um movimento na Austrália. Conhecido como Novembro Azul a iniciativa se tornou uma campanha de conscientização dirigida à sociedade e, especialmente, aos homens sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata. Atualmente há reuniões entre os homens com o cultivo de bigodes (ao estilo Mario Bros), símbolo da campanha, onde são debatidos, além do câncer de próstata, outras doenças como o câncer de testículos, depressão masculina, cultivo da saúde do homem, entre outras patologias.
De acordo com o gerente administrativo da Cohab-Campinas, Abílio Guedes, um dos objetivos da área de recursos humanos da empresa é o de criar e gerir programas voltados para o desenvolvimento de pessoas e dentre esses, o Programa de Qualidade de Vida. “Estão incluídas nesse programa diversas campanhas que vem sendo implementadas na companhia, a exemplo das recentes Prevenção à Dengue e Outubro Rosa, integrando a Cohab-Campinas, dessa maneira, a uma série de movimentos em nível nacional, de esclarecimento e orientação. O Novembro Azul vem para alertar os homens quanto à necessidade de preservação de sua saúde, deixando de lado preconceitos e temores em busca de uma melhor qualidade de vida e prevenção contra um dos seus maiores inimigos, o câncer de próstata, curável se detectado a tempo”, afirmou.
A doença
A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. É ela que produz 70% do esperma. Quando as células deste órgão começam a ser multiplicar de forma desordenada ocorre o câncer.
A próstata fica, então, mais endurecida e a doença é facilmente descoberta no exame de toque retal. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de próstata é o sexto tipo mais comum de câncer no mundo.
Dados da Secretaria Municipal de Saúde apontam que as neoplasias ou tumores representam a segunda causa de óbito na população masculina campineira, atrás apenas das doenças do aparelho circulatório.
Em 2012, 876 homens morreram em decorrência de algum tipo de tumor, em 2013 foram 881. E entre os diversos tipos da doença, o câncer de próstata é o segundo que mais mata no município: fez 93 vítimas em 2013 e a faixa etária que concentra o maior número de óbitos é entre 75 e 85 anos.
Sintomas
Na fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite). Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal e, em inúmeros casos, levando o paciente à morte.
Recomendações
Devido ao câncer de próstata ser a neoplasia maligna mais comum entre os homens, em 2013, a Sociedade Brasileira de Urologia iniciou uma nova recomendação, baseada nos trabalhos científicos publicados nos últimos anos: Não adianta, por medo ou preconceito, fazer somente o exame de Antígeno Prostático Específico (PSA); o exame de toque retal deve ser feito a partir dos 50 anos para homens sem casos na família e aos 45 anos para homens com casos na família e negros.
A detecção precoce é fundamental para o tratamento, visto que nessa fase, 90% dos casos são curáveis.