Férias exigem cuidados com crianças em casa, veja orientações da Saúde

23/12/2014

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A chegada das férias escolares pede cuidados redobrados com as crianças em casa. De acordo com estatísticas médicas, os campeões em atendimentos nos prontos socorros durante as férias são as queimaduras, intoxicações, quedas e afogamentos.

Entre os ambientes, a cozinha é a que merece maior atenção: fogão, botijão de gás, baldes, talheres e objetos cortantes tornam-se elementos de alto risco.

De acordo com a médica pediatra responsável pela Saúde da Criança e do Adolescente da Secretaria de Saúde de Campinas, Tânia Maria de Cássia Marcucci de Oliveira, a criança pode frequentar a cozinha, mas sempre monitorada. “Além disso, com a casa cheia, as pessoas tendem a se despreocupar, sempre achando que alguém está olhando a criança. As escadas, as quinas vivas (aquelas cortantes), os locais com água, como piscinas e baldes, devem estar com proteção”, explica.

Os produtos de limpeza também devem ser mantidos longe do alcance dos pequenos. “Venenos, como raticidas, são muito coloridos e lembram doces, o que pode atrair a atenção e a curiosidade. O ideal é não manter esse tipo de produto dentro de casa e, caso seja necessário, coloque-o em um local escondido. Em caso de ingestão ou contato com os olhos de produtos de limpeza ou venenos, os pais devem procurar imediatamente o serviço de emergência, de preferência levando a embalagem do produto”, diz a pediatra.

Outro acidente que pode resultar em dor de cabeça para os pais e atrapalhar a diversão das crianças são os cortes. Por isso, prefira os pratos e copos plásticos e guarde as facas em gavetas altas ou com travas. As tomadas também devem ser protegidas.

As escadas e janelas devem conter proteção, especialmente para casas que tenham menores de 7 anos. “Eles podem querer imitar os super-heróis pulando de locais altos. As redes de proteção são recomendáveis inclusive para a segurança dos maiores. No topo e nas bases das escadas, é recomendável que haja grades”, conta Tânia.

Porém, de acordo com a pediatra, nada substitui o olhar atento dos pais. “Até os 6 anos, as crianças estão na idade de desenvolver sua capacidade física e cognitiva, o que as faz quererem explorar o espaço. A presença dos pais, além de um estímulo para os pequenos, faz essa exploração ser mais segura”, conclui.

Alimentação e hidratação

As férias de dezembro e janeiro também coincidem com a chegada do verão. Portanto, é preciso ficar atento com a alimentação e hidratação das crianças.

A ingestão de água, frutas e verduras, além do uso de roupas leves e cuidados na exposição ao sol e na prática de exercícios físicos, podem garantir um verão sem transtornos.

“É importante evitar alimentos gordurosos. No caso de sorvetes, sempre é melhor optar pelos preparados com frutas, à base de água”, comenta. Ela alerta que os adultos devem ingerir entre 2 e 3 litros de água por dia, sendo que as gestantes e nutrizes podem aumentar ainda mais a quantidade do líquido. “As crianças, a partir dos 4 anos, devem tomar pelo menos 2 litros diários. As mais novas podem ingerir até 1 litro”.

A exposição ao sol e os exercícios físicos ao ar livre devem ser praticados com moderação, sempre antes das 10h e depois das 17h. “Mesmo assim, é imprescindível o uso de protetor solar. O fator de proteção deve ser, no mínimo, 30”, afirma.

Segundo Tânia, a estação pede o uso de roupas leves, principalmente em recém-nascidos e idosos. “Muitas pessoas acreditam que eles sentem frio o tempo todo. Roupas muito quentes podem causar desidratação”, explica.

Os sintomas da desidratação são vômito, diarreia, febre, diminuição no volume e alteração na cor da urina. “Quem tiver os sintomas deve iniciar o tratamento com soro caseiro (uma colher de chá de açúcar e uma de café de sal diluídas em 200ml de água) e procurar a unidade de saúde mais próxima”, diz.


Crédito: Arquivo PMC
Criança e cão na beira da piscina

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