Administração realiza megaoperação contra a dengue na região Sul

24/02/2015

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Mais de 16 mil pessoas devem ser contempladas pela megaoperação promovida pela Prefeitura de Campinas contra a dengue, que se inicia nesta terça-feira, 24 de fevereiro, na região Sul. As ações na área de abrangência dos centros de saúde Campo Belo, Jardim Fernanda e São Domingos terão duração de 20 dias e contam com profissionais das secretarias de Saúde, Comunicação, Serviços Públicos, Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), Sanasa, com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Superintendência do Controle de Endemias (Sucen).

Além dos trabalhos de nebulização veicular, haverá também a retirada, remoção e inviabilização de criadouros, limpeza de áreas públicas, orientação sobre armazenamento correto de água, vedação de caixas d’água e mobilização social.

De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), Brigina Kemp, estas comunidades registram transmissão de dengue. “Até o dia 10 de fevereiro, haviam sido confirmados 27 casos nestas localidades, e 269 continuam em investigação”, afirmou.

Os trabalhos de nebulização veicular (aplicação de inseticida acoplado em um veículo), que irá abranger 450 imóveis, serão divididos em cinco etapas: a primeira nos dias 24, 25 e 26 de fevereiro; a segunda em 27 e 28 de fevereiro e 2 de março; a terceira nos dias 3, 4 e 5 de março; a quarta nos dias 6, 9 e 10 de março; e a quinta nos dias 11, 12 e 13 de março. Em algumas áreas sem acesso de veículos, profissionais farão a nebulização costal (aplicada com bombas nas costas) no período da manhã. A nebulização veicular ocorre sempre das 18h às 22h.

Antes do bloqueio químico, as famílias serão orientadas sobre como preparar o domicílio. As informações serão propagadas por meio de carros de som, que vão passar antes nas ruas a serem trabalhadas, e por folhetos distribuídos nas casas. No momento da aplicação, o morador deve deixar portas e janelas abertas e manter luzes acesas. A nebulização visa bloquear a transmissão e é feita com base em rigorosos critérios técnicos.

Dependendo das condições climáticas, o cronograma das ações pode ser alterado.

Prevenção deve ser contínua

A Secretaria de Saúde ressalta que a nebulização não é uma ‘ação milagrosa’ e que o mosquito volta a se proliferar em uma semana nas áreas nebulizadas, caso as pessoas reponham os criadouros.

Segundo o médico sanitarista do Devisa, André Ribas Freitas, a medida mais eficaz no combate à dengue é a eliminação dos objetos que acumulam água, que podem servir de criadouros para o mosquito transmissor.

“É imprescindível que a comunidade tenha esta compreensão. O poder público precisa e está fazendo sua parte na limpeza e organização da cidade e nas ações mais específicas de controle da doença. Mas cada um tem que ser responsável e cuidar do seu quintal, da sua rua, do seu bairro, da cidade. O combate à dengue exige o envolvimento da população. É necessário um trabalho conjunto e diário”, diz o médico. Campinas registrou 211 casos de dengue em 2015.


Crédito: Arquivo PMC
Ação contra a dengue em bairro

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