Terceira etapa de bloqueio químico contra a dengue começa na Região Sul

04/03/2015

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Cerca de 4 mil imóveis recebem a partir desta quarta-feira, 4 de março, a terceira etapa da megaoperação contra a dengue e chikungunya na região Sul de Campinas, área de abrangência dos Centros de Saúde Jardim Fernanda, Campo Belo e São Domingos. Além do bloqueio químico veicular nas áreas de transmissão, haverá panfletagem com mobilização social e carros de som avisando dos procedimentos para a preparação do domicílio no momento da nebulização.

O bloqueio químico veicular ocorre em comunidades que registram transmissão de dengue. De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), Brigina Kemp, “até o dia 10 de fevereiro, foram confirmados 27 casos nestas localidades e 269 continuam em investigação”, afirmou.

“No momento da aplicação, o morador deve deixar portas e janelas abertas e manter luzes acesas. A nebulização visa bloquear a transmissão e é feita com base em rigorosos critérios técnicos”, explica a bióloga coordenadora das ações de dengue da VISA Sul, Heloísa Malavasi.

A nebulização veicular ocorre sempre das 18h às 22h. Dependendo das condições climáticas, o cronograma pode ser alterado.

As ações nesta área terão duração de 20 dias e contarão com profissionais das secretarias de Saúde, Comunicação, Serviços Públicos,da Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) e da Sanasa, com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Superintendência do Controle de Endemias (Sucen).

Além dos trabalhos de nebulização veicular, também estão sendo feitas a retirada, remoção e inviabilização de criadouros, limpeza de áreas públicas, orientação sobre armazenamento correto de água, vedação de caixas d’água e mobilização social.

Dependendo das condições climáticas o cronograma das ações pode ser alterado.

Prevenção deve ser contínua

A Secretaria de Saúde ressalta que a nebulização não é uma ‘ação milagrosa’ e que o mosquito volta a se proliferar em uma semana nas áreas nebulizadas, caso as pessoas reponham os criadouros.

 Segundo o médico sanitarista do Devisa, André Ribas Freitas, a medida mais eficaz no combate à dengue é a eliminação dos objetos que acumulam água, que podem servir de criadouros para o mosquito transmissor.

“É imprescindível que a comunidade tenha esta compreensão. O poder público precisa e está fazendo sua parte na limpeza e organização da cidade e nas ações mais específicas de controle da doença. Mas cada um tem que ser responsável e cuidar do seu quintal, da sua rua, do seu bairro, da cidade. O combate à dengue exige o envolvimento da população. É necessário um trabalho conjunto e diário”, diz o médico.

Campinas registrou 211 casos de dengue em 2015.

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