Dengue desacelera em Campinas; maio tem 83 casos confirmados

20/05/2015

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O Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde informou nesta quarta-feira, dia 20 de maio, que o número de casos confirmados de dengue entre moradores de Campinas chega a 37.146 neste ano de 2015. São 1.433 casos em janeiro, 6.332 em fevereiro, 20.822 em março, 8.476 em abril e 83 em maio. 

Os números dos últimos três meses apontam para uma diminuição no ritmo de crescimento dos casos e confirmam que o pico da epidemia neste ano foi antecipado para o mês de março. Há, ainda, 2.149 casos suspeitos em investigação. Outros 1.429 casos foram descartados, com a comprovação de que não eram dengue. Não há confirmação de novas mortes pela doença. 

Historicamente, o período de janeiro a maio é o de maior incidência de dengue, por conta das condições climáticas que favorecem a proliferação do mosquito transmissor. É o chamado período sazonal. 

Este ano, o Brasil registrou um aumento nos casos da doença em todo o  território nacional. No Estado de São Paulo, 95% dos 645 municípios registram transmissão, inclusive cidades do interior e da Região Metropolitana de Campinas enfrentam epidemias.  

Ações 

A Prefeitura de Campinas intensificou as ações intersetoriais de controle e prevenção da doença em todas as regiões da cidade. Dez setores da Administração, entre secretarias municipais, departamentos e autarquias estão diretamente envolvidos. 

Esta ação intersetorial está apontada no Plano de Contingência Municipal para o Enfrentamento da Dengue e Chikungunya 2015-2016. Trata-se de um documento elaborado com o intuito de nortear a Administração na resposta às epidemias de dengue e chikungunya. O município já contava com um plano de contingência. No entanto, o material previa atribuições relativas somente à Secretaria de Saúde. 

Já o novo documento, diferente de outros planos já propostos no País, inova porque traz atribuições relativas não somente à área da Saúde, mas também a outras secretarias municipais, departamentos e/ou autarquias da Prefeitura que têm responsabilidades no controle e prevenção da doença e na organização necessária para atender a situações de processos epidêmicos. 

Tais atribuições referem-se não somente ao período de alteração no padrão de comportamento das doenças, mas também ao período não sazonal, quando devem ser implementadas ações permanentes coordenadas e que darão sustentação às ações que serão aplicadas no plano de contingência.

Além da Secretaria de Saúde, o plano envolve as secretarias de Chefia de Gabinete; Administração; Comunicação; Educação; Recursos Humanos; Serviços Públicos; Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; além da Defesa Civil e da Sanasa. 

Balanço das ações contra a dengue na cidade: 

450 mil toneladas de entulhos foram removidas desde 2013 pela Secretaria de Serviços Públicos;

22 mil caixas d'água foram teladas desde 2013;

3 toneladas de criadouros (potes, latas, garrafas, etc) são removidas diariamente pelas equipes de saúde;

740 proprietários foram intimados a fazer a limpeza de seus terrenos em 2015;

2.791 foram notificados a manter suas calçadas em ordem, desde 2013;

200 mil imóveis foram visitados pelas equipes de saúde desde 2014 para remoção de criadouros e para ações de educação e mobilização social;

42 mil imóveis foram nebulizados em 2015;

50 córregos e ribeirões foram limpos (manutenção e desassoreamento)

900 prédios públicos, entre escolas, centros de saúde e outros estão sendo vistoriados pela Sanasa para manutenção e telamento de caixas d'água;

52 mil alunos receberam revistas educativas com informações sobre dengue;

O prefeito Jonas Donizette sancionou a lei que impõe aos proprietários de imóveis fechados obrigações relativas à manutenção e limpeza, de forma que as edificações fiquem livres de criadouros;

A Secretaria de Saúde preparou a rede pública municipal de assistência do município para garantir atendimento qualificado a todos os pacientes com dengue, medida que impacta na redução dos casos graves e óbitos. Tal forma de organização foi, inclusive, citada como referência exitosa pelo coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue, Giovanini Coelho. Segundo ele, Campinas é o melhor exemplo de organização da rede e sistematização de assistência aos pacientes com dengue no País.


Dados da Vigilância em Saúde de Campinas

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