Secretaria Municipal de Saúde - Campinas

A Prefeitura de Campinas lançou nesta quinta-feira, dia 3 de dezembro, a 9ª edição do Boletim Sisnov (Sistema de Notificação de Violências em Campinas). O documento é um importante instrumento para a compreensão da violência no município e para a orientação das políticas públicas de assistência às mulheres, crianças e adolescentes, idosos e vítimas de agressão e violência sexual, em ambos os sexos e em todas as idades.

O lançamento aconteceu no Salão Vermelho do Paço e reuniu o secretário municipal de Saúde, Cármino de Souza; secretária de Cidadania, Assistência e Inclusão Social, Jane Valente; gestores; profissionais de saúde, assistência e educação; universidades; Guarda Municipal; sociedade civil e organizações não governamentais envolvidas com o assunto.

O anúncio de dados integra as atividades da 'Campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo fim da Violência contra a Mulher', evento que ocorre, mundialmente, entre os dias 25 de novembro e 10 de dezembro. O objetivo é promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo.

O secretário Cármino de Souza considerou a violência como uma “questão constragedora, contra nossa condição de seres racionais” e afirmou a importância do Boletim Sisnov como instrumento de política pública fundamental para formatar ações de atenção às vítimas.

“Vivemos um grande momento de turbulência social, econômica e política, ambiente que gera aumento da violência, por isso é importante que tenhamos instrumentos que nos façam refletir e desencadear ações que ajudem as vítimas, buscando uma cultura de paz”, disse o secretário.

Cármino ressaltou, ainda, que a situação atual da mulher no contexto mundial não é confortável, mas que ela já se sente mais segura para buscar proteção.

“Talvez o que esteja acontecendo, mais recentemente, é que as mulheres se sentem mais seguras para denunciar a violência, a partir da criação de mecanismos legais”, pontuou Souza.

A secretária de Cidadania, Assistência e Inclusão Social, Jane Valente, ressaltou que a Prefeitura de Campinas tem pautado sua organização pela intensa necessidade de compartilhar ações de proteção integral às vítimas de violência. “Essa proteção integral exige compartilhamento das ações e, neste sentido, a reflexão com base nos números é importante, para basear o enfrentamento”, disse.

O SISNOV vem registrando casos de violência que são de notificação , seja do do tipo interpessoal, intrafamiliar ou urbana/ - contra as mulheres, crianças e adolescentes, idosos e violência sexual -, e violência autoprovocada (tentativa de suicídio), atendidos pela rede municipal de enfrentamento e prevenção às violências desde 2005.

De 2005 a 2008, foram registrados dados referentes à violência sexual e violência doméstica contra crianças e adolescentes. De 2009 em diante foi ampliada a lista, com a instituição da obrigatoriedade nacional de notificação das violências.

Dados

De acordo com os dados apresentados na 9ª edição do boletim Sisnov, as crianças, adolescentes e as mulheres são as principais vítimas da violência doméstica, sendo as lesões corporais e abusos sexuais os motivos mais comuns. Em todos os casos, a negligência é apontada como agravo das circunstâncias da violência.

No caso da violência infantil, a faixa etária entre 0 e 11 anos registra o maior número de casos, com 237 notificações somente nos primeiros seis meses deste ano.

A notificação de principal autor confirma que a maioria das violências é praticada na residência e é do tipo doméstica. O levantamento mostra que 54,2% delas têm como autor pai, mãe, os pais ou pessoas com relação familiar (tio, tia, avós, entre outros).

No ano de 2014, foram registrados 367 casos de violência contra as mulheres. Nos primeiros seis meses deste ano foram 250 ocorrências.

As notificações para pessoas idosas sofreram significativa redução no ano de 2014, mas voltaram a crescer agora, em 2015. O maior número de notificações ocorreu na faixa entre 70 e 79 anos. Os principais autores são filho/a e companheiro, com quase metade das notificações.

Registro

O SISNOV é um instrumento das redes de enfrentamento das violências em Campinas. É voltado para o conhecimento e registra as violências atendidas pelas unidades da rede do município de Campinas. De forma a permitir, através da análise dos dados informados, caracterizar as violências, suas vítimas e autores, e analisar o atendimento prestado aos casos.

Embora a complexidade do fenômeno das violências não permita que um único banco de dados seja capaz de produzir todo o conjunto de informações necessárias à implementação de ações, e que diversas dificuldades e barreiras venham persistindo ao longo dos anos, restringindo a notificação dos casos nesse sistema, o SISNOV tem mantido um número consistente de notificações ao longo dos anos.

A Prefeitura de Campinas lançou nesta quinta-feira, dia 3 de dezembro, a 9ª edição do Boletim Sisnov (Sistema de Notificação de Violências em Campinas). O documento é um importante instrumento para a compreensão da violência no município e para a orientação das políticas públicas de assistência às mulheres, crianças e adolescentes, idosos e vítimas de agressão e violência sexual, em ambos os sexos e em todas as idades. O lançamento aconteceu no Salão Vermelho do Paço e reuniu o secretário municipal de Saúde, Cármino de Souza; secretária de Cidadania, Assistência e Inclusão Social, Jane Valente; gestores; profissionais de saúde, assistência e educação; universidades; Guarda Municipal; sociedade civil e organizações não governamentais envolvidas com o assunto. O anúncio de dados integra as atividades da 'Campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo fim da Violência contra a Mulher', evento que ocorre, mundialmente, entre os dias 25 de novembro e 10 de dezembro. O objetivo é promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo. O secretário Cármino de Souza considerou a violência como uma “questão constragedora, contra nossa condição de seres racionais” e afirmou a importância do Boletim Sisnov como instrumento de política pública fundamental para formatar ações de atenção às vítimas. “Vivemos um grande momento de turbulência social, econômica e política, ambiente que gera aumento da violência, por isso é importante que tenhamos instrumentos que nos façam refletir e desencadear ações que ajudem as vítimas, buscando uma cultura de paz”, disse o secretário. Cármino ressaltou, ainda, que a situação atual da mulher no contexto mundial não é confortável, mas que ela já se sente mais segura para buscar proteção. “Talvez o que esteja acontecendo, mais recentemente, é que as mulheres se sentem mais seguras para denunciar a violência, a partir da criação de mecanismos legais”, pontuou Souza. A secretária de Cidadania, Assistência e Inclusão Social, Jane Valente, ressaltou que a Prefeitura de Campinas tem pautado sua organização pela intensa necessidade de compartilhar ações de proteção integral às vítimas de violência. “Essa proteção integral exige compartilhamento das ações e, neste sentido, a reflexão com base nos números é importante, para basear o enfrentamento”, disse. O SISNOV vem registrando casos de violência que são de notificação , seja do do tipo interpessoal, intrafamiliar ou urbana/ - contra as mulheres, crianças e adolescentes, idosos e violência sexual -, e violência autoprovocada (tentativa de suicídio), atendidos pela rede municipal de enfrentamento e prevenção às violências desde 2005. De 2005 a 2008, foram registrados dados referentes à violência sexual e violência doméstica contra crianças e adolescentes. De 2009 em diante foi ampliada a lista, com a instituição da obrigatoriedade nacional de notificação das violências. Dados De acordo com os dados apresentados na 9ª edição do boletim Sisnov, as crianças, adolescentes e as mulheres são as principais vítimas da violência doméstica, sendo as lesões corporais e abusos sexuais os motivos mais comuns. Em todos os casos, a negligência é apontada como agravo das circunstâncias da violência. No caso da violência infantil, a faixa etária entre 0 e 11 anos registra o maior número de casos, com 237 notificações somente nos primeiros seis meses deste ano. A notificação de principal autor confirma que a maioria das violências é praticada na residência e é do tipo doméstica. O levantamento mostra que 54,2% delas têm como autor pai, mãe, os pais ou pessoas com relação familiar (tio, tia, avós, entre outros). No ano de 2014, foram registrados 367 casos de violência contra as mulheres. Nos primeiros seis meses deste ano foram 250 ocorrências. As notificações para pessoas idosas sofreram significativa redução no ano de 2014, mas voltaram a crescer agora, em 2015. O maior número de notificações ocorreu na faixa entre 70 e 79 anos. Os principais autores são filho/a e companheiro, com quase metade das notificações. Registro O SISNOV é um instrumento das redes de enfrentamento das violências em Campinas. É voltado para o conhecimento e registra as violências atendidas pelas unidades da rede do município de Campinas. De forma a permitir, através da análise dos dados informados, caracterizar as violências, suas vítimas e autores, e analisar o atendimento prestado aos casos. Embora a complexidade do fenômeno das violências não permita que um único banco de dados seja capaz de produzir todo o conjunto de informações necessárias à implementação de ações, e que diversas dificuldades e barreiras venham persistindo ao longo dos anos, restringindo a notificação dos casos nesse sistema, o SISNOV tem mantido um número consistente de notificações ao longo dos anos.
Crédito: Carlos Bassan Boletim traz informações atualizadas	Crédito: Carlos Bassan Secretário de Saúde destaca importância dos dados
Crédito: Carlos Bassan Autoridades durante o lançamento	Crédito: Carlos Bassan Mulheres aumentam denúncias contra a violência