Saúde desenvolve plano de ações contra raiva em Barão Geraldo

14/03/2016

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A Secretaria de Saúde de Campinas, por meio da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), da Vigilância em Saúde (Visa) Norte e do Centro de Saúde Barão Geraldo, realiza nesta terça-feira, 15 de março, e quarta-feira, dia 16, um plano de ações contra raiva no distrito de Barão Geraldo. 

As ações foram desencadeadas porque o Instituto Pasteur, referência para a doença no Estado de São Paulo, confirmou três casos de raiva em morcegos. Cerca de 20 servidores públicos trabalharão em uma área de abrangência de 2.500 imóveis das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30.  

Os profissionais da Secretaria de Saúde percorrerão imóveis nos bairros Jardim Independência, Jardim do Sol, Solar Campinas, Residencial Barão do Café, Residencial Rio das Pedras, Vila Modesto Fernandes e Burato.  

Os trabalhos, segundo o médico veterinário Felipe Vita Pedrosa, da Visa Norte, incluem atividades de informação e educação em saúde, visita a médicos veterinários da região e levantamento da população de cães e gatos da área. O objetivo é avaliar a cobertura vacinal contra a raiva.  

“É importante informar os veterinários no sentido de aumentar a sensibilidade para a detecção da doença em cães, gatos e animais de produção, assim como orientar o encaminhamento dos animais que morrerem com suspeita de raiva para diagnóstico no Instituto Pasteur. Médicos veterinários, pesquisadores e tratadores de animais são pessoas com maior risco de exposição ao vírus rábico durante atividades ocupacionais. Por isso, devem receber profilaxia de pré exposição para a raiva, realizada com vacinas, além de posterior sorologia”, afirma Pedrosa.

 

Raiva em Campinas 

Todos os mamíferos são suscetíveis à infecção pelo vírus da raiva e sua evolução é quase sempre fatal. A transmissão ocorre quando o vírus rábico existente na saliva do animal infectado penetra no organismo, através da pele ou mucosas, por mordedura, arranhadura ou lambedura, mesmo não existindo necessariamente agressão. No Brasil, o principal animal que transmite a raiva ao homem, em espaços urbanos, é o cão seguido do gato. Em espaços rurais é o morcego. 

Em Campinas, o último caso de raiva humana foi registrado no ano de 1981. Em 2014, foi diagnosticado um felino com raiva na área do distrito de Nova Aparecida, região Norte. Em 2015, no Jardim Aeroporto, na região Sudoeste, um cão foi diagnosticado com raiva. Em ambos os casos, foi verificado laboratorialmente se tratar de vírus proveniente de morcegos. 

O município tem registrado em sua área urbana uma média de dez casos de raiva em morcegos não hematófagos por ano, além de casos em bovinos, equinos e morcegos hematófagos na área rural. Em 2015, foram diagnosticados seis casos de raiva em morcego. Em 2016 são quatro, sendo três em Barão Geraldo.


Crédito: Arquivo PMC
Morcegos podem transmitir o vírus da raiva para animais domésticos

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