Campinas tem redução em casos de dengue; 216 confirmações até 11 de abril

12/04/2016

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A Secretaria de Saúde de Campinas informou nesta terça-feira, dia 12 de abril, que foram confirmados 216 casos de dengue este ano no município. Os números foram registrados até segunda-feira, dia 11. Foram 94 casos em janeiro, 102 em fevereiro e 20 em março. Ainda há 3.896 casos em investigação. “Cerca de 85% dos casos têm sido descartados. Por isso, nossa projeção para 2016 é que o número total de casos de dengue fique perto de 1 mil”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Carmino Antonio de Souza.

Entre janeiro e março de 2015, a cidade contabilizou 33.117 confirmações da doença. Em todo o ano passado foram registrados 65.634 casos de dengue em Campinas. 

Os dados foram divulgados pelo secretário de Saúde de Campinas e pela equipe do

Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), representada pela coordenadora do Programa de Arboviroses (inclui dengue, zika vírus e chikungunya), Andrea von Zuben, pelo médico infectologista Rodrigo Angerami e pela coordenadora de Vigilância Epidemiológica do município, Cristina Aparecida Bueno de Albuquerque. 

“Esta redução deve-se a um trabalho contínuo, intersetorial e multidisciplinar da Prefeitura, que inclui a limpeza e a organização da cidade. Essas ações resultaram na remoção de milhares de toneladas de resíduos, que podem servir como criadouros do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. A diminuição também é fruto da colaboração da população, que tem cuidado dos seus espaços e eliminado recipientes onde o mosquito pode se proliferar”, disse Carmino de Souza.

 

Zika vírus

O município contabiliza 256 casos de zika vírus. Segundo o secretário Carmino, desde fevereiro, os casos de zika vírus passaram a ser confirmados, conforme orientação do Ministério da Saúde, levando em conta três critérios: se a pessoa tem clínica (sinais e sintomas, como manchas vermelhas, conjuntivite e febre) compatível com zika vírus, se o teste de laboratório foi negativo para dengue e se a pessoa mora num local com transmissão. 

Portanto, de acordo com a nova regra adotada em todo Brasil, não é necessário aguardar resultado de exame de laboratório para confirmar o zika vírus. O município não tem casos autóctones (contraídos no próprio município) de chikungunya. Há dois casos importados do Nordeste do Brasil.

 

H1N1

A Secretaria de Saúde também comunicou que Campinas registrou nove casos de gripe por H1N1 - um deles foi a óbito. Trata-se de uma mulher de 51 anos, que contraiu a doença em uma viagem de navio na costa brasileira. Ao retornar à cidade, em fevereiro, a paciente já apresentava sintomas. A paciente foi internada em um hospital da rede privada e morreu. Portanto, o caso é importado. A morte foi em fevereiro, mas a confirmação só ocorreu agora. 

A morte dessa mulher foi confirmada por critério clínico epidemiológico. Não foi possível confirmar laboratorialmente. As autoridades sanitárias consideraram os sintomas apresentados e o contato com outras pessoas que viajaram com ela, que adoeceram e tiveram H1N1 comprovado por exames laboratoriais. 

De acordo com o médico infectologista do Departamento de Vigilância em Saúde Rodrigo Angerami, são notificados apenas os casos graves da doença, chamados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ou Síndrome Gripal. “Todos os anos temos milhares da casos de gripe, mas apenas os graves são notificados, conforme preconiza o Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde”, explicou. 

A Campanha de Vacinação contra a Gripe está prevista para ser iniciada em 30 de abril em Campinas. A previsão é vacinar pelo menos 80% do público-alvo, que é de 245.642 pessoas que estão incluídas nos grupos prioritários.


Crédito: Antonio de Oliveira
Secretário de Saúde, Carmino de Souza: números

Crédito: Antonio de Oliveira
A coordenadora do Programa de Arboviroses, Andrea Von Zuben

Crédito: Antonio de Oliveira
Autoridades de Saúde explicam redução de casos de dengue

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