Cândido Ferreira participa do “Dia Especial” organizado pelo Hopi Hari

18/11/2005

No dia 23/11 (quarta-feira) cerca de 200 usuários do Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira participarão do “Dia Especial” organizado pelo Hopi Hari.

Esse é o terceiro ano que o Hopi Hari abre suas portas exclusivamente para instituições responsáveis pelo oferecimento de tratamento a portadores de deficiência. Neste ano são esperadas cerca de 5 mil pessoas da região de Campinas e entorno de Vinhedo. Os beneficiados receberão gratuitamente o passaporte e alimentação.

Segundo informações da assessoria do parque esse dia é importante, pois sinaliza o compromisso social da empresa com a garantia da promoção do bem estar social, bem como o direito de lazer para as pessoas menos favorecidas.

Nesse dia o parque irá disponibilizar uma equipe de funcionários treinada especialmente para realizar o pronto atendimento de portadores de necessidades especiais.

Para o Cândido Ferreira o “Dia Especial”, não é só um dia de diversão, mas também uma maneira de chamar a atenção da sociedade para a importância da boa convivência, do respeito entre as pessoas e pela garantia da dignidade e valorização do ser humano.

Muitos caminhos são descobertos e muitas iniciativas são tomadas no sentido de devolver a cidadania, os direitos e as opções às pessoas portadoras de transtorno mental, inclusive o direito ao lazer.

Nesse sentido, os funcionários do serviço se sensibilizam e se mobilizam cotidianamente para que atividades como essa sejam constantes na vida daqueles que, historicamente, não tiveram direito à nada durante anos de suas vidas em que ficaram confinadas nos pátios de manicômios.

Cândido Ferreira: Convivendo com as diferenças

Desde 1990, uma parceria entre o Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira – entidade filantrópica – e a Prefeitura Municipal de Campinas tem viabilizado o processo de humanização das formas de cuidado em saúde mental. Portas foram abertas, grades foram retiradas, foram extintos o uso da camisa de força e do eletrochoque.

Os tratamentos, hoje, se baseiam no respeito aos direitos do portador de transtorno mental e buscam sua reinserção social e familiar, mantendo como eixo terapêutico principal a promoção da cidadania. Por esta nova postura, desde 1993, o Cândido Ferreira é considerado como referência no tratamento da saúde mental pela Organização Mundial da Saúde.

A principal meta da instituição é a desospitalização. Hoje, a entidade atende um público de mais de mil usuários por mês e conta com um Núcleo de Atenção à Crise, um Núcleo de Atenção à Dependência Química, três Centros de Atenção Psicossocial (Caps Estação, Caps Antonio da Costa Santos e Caps Esperança), um Núcleo Clínico, 12 Oficinas de Trabalho, um Centro de Convivência e Arte, o Espaço 8 Atelier e o Centro Cultural Cândido Fumec.

Os usuários também realizam atividades relacionadas à comunicação comunitária, distribuídas em três oficinas: jornal impresso, rádio e TV.

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