No
dia 23/11 (quarta-feira) cerca de 200 usuários
do Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira
participarão do “Dia Especial” organizado
pelo Hopi Hari.
Esse
é o terceiro ano que o Hopi Hari abre
suas portas exclusivamente para instituições responsáveis
pelo oferecimento de tratamento a portadores de deficiência.
Neste ano são esperadas cerca de 5 mil pessoas da
região de Campinas e entorno de Vinhedo. Os
beneficiados receberão gratuitamente o passaporte e
alimentação.
Segundo
informações da assessoria do parque esse dia é
importante, pois sinaliza o compromisso social da
empresa com a garantia da promoção do bem estar
social, bem como o direito de lazer para as pessoas
menos favorecidas.
Nesse
dia o parque irá disponibilizar uma equipe de funcionários
treinada especialmente para realizar o pronto
atendimento de portadores de necessidades especiais.
Para
o Cândido Ferreira o “Dia Especial”, não é só
um dia de diversão, mas também uma maneira de chamar
a atenção da sociedade para a importância da boa
convivência, do respeito entre as pessoas e pela
garantia da dignidade e valorização do ser humano.
Muitos
caminhos são descobertos e muitas iniciativas são
tomadas no sentido de devolver a cidadania, os
direitos e as opções às pessoas portadoras de
transtorno mental, inclusive o direito ao lazer.
Nesse
sentido, os funcionários do serviço se sensibilizam
e se mobilizam cotidianamente para que atividades como
essa sejam constantes na vida daqueles que,
historicamente, não tiveram direito à nada durante
anos de suas vidas em que ficaram confinadas nos pátios
de manicômios.
Cândido
Ferreira: Convivendo com as diferenças
Desde
1990, uma parceria entre o Serviço de Saúde Dr. Cândido
Ferreira – entidade filantrópica – e a Prefeitura
Municipal de Campinas tem viabilizado o processo de
humanização das formas de cuidado em saúde mental.
Portas foram abertas, grades foram retiradas, foram
extintos o uso da camisa de força e do eletrochoque.
Os
tratamentos, hoje, se baseiam no respeito aos direitos
do portador de transtorno mental e buscam sua reinserção
social e familiar, mantendo como eixo terapêutico
principal a promoção da cidadania. Por esta nova
postura, desde 1993, o Cândido Ferreira é
considerado como referência no tratamento da saúde
mental pela Organização Mundial da Saúde.
A
principal meta da instituição é a desospitalização.
Hoje, a entidade atende um público de mais de mil usuários
por mês e conta com um Núcleo de Atenção à Crise,
um Núcleo de Atenção à Dependência Química, três
Centros de Atenção Psicossocial (Caps Estação,
Caps Antonio da Costa Santos e Caps Esperança), um Núcleo
Clínico, 12 Oficinas de Trabalho, um Centro de Convivência
e Arte, o Espaço 8 Atelier e o Centro Cultural Cândido
Fumec.
Os
usuários também realizam atividades relacionadas à
comunicação comunitária, distribuídas em três
oficinas: jornal impresso, rádio e TV.