Cândido Ferreira e Secretaria Municipal de Saúde de Campinas reinauguram o Centro de Atenção Psicossocial “Antonio da Costa Santos” (Caps Toninho), no próximo sábado

19/08/2004

A Secretaria Municipal de Saúde de Campinas e o Serviço de Saúde “Dr. Cândido Ferreira” reinauguram, no próximo dia 21 de agosto (sábado), às 10h, o Centro de Atenção Psicossocial “Antônio da Costa Santos” – CAPS TONINHO (Av. São José dos Campos, s/n). Participam do evento usuários e funcionários dos serviços de saúde mental do município, além de autoridades municipais. O grupo musical-teatral “Último Tipo” também participa do encontro e prepara uma apresentação especial pela reinauguração do serviço. De acordo com Rosana Romanelli, gerente do Caps Toninho, a reinauguração visa atender os usuários num local maior e mais adequado.   O Caps Toninho atende, hoje, cerca de 200 usuários e 3 moradias, oferecendo 8 leitos e cuidado 24h para os pacientes que demandam assistência intensiva.

Os Centros de Atenção Psicossocial são considerados equipamentos substitutivos, já que vem transformando os modos de cuidado e evitando a internação integral do portador de transtorno mental em hospitais psiquiátricos. Contribuem no processo de reinserção social e familiar de seus usuários, por meio de atividades e eventos que envolvam a comunidade — o que pode fazer diminuir o preconceito e a exclusão e possibilitar a reconstrução da cidadania. São serviços que foram descentralizados para prestar atendimento próximo aos bairros onde reside a população.

Campinas oferece seis Caps, três deles gerenciados pelo Cândido Ferreira: o Caps Esperança (região Leste), o Caps Estação (região Norte) e o Caps Toninho (região Sul). Além dos usuários encaminhados aos serviços pela rede municipal de saúde, os Caps acompanham suas moradias assistidas, localizadas em suas regiões de abrangência, que abrigam ex-moradores do Cândido Ferreira e do extinto Hospital Psiquiátrico Tibiriçá, que se localizava no distrito de Joaquim Egídio em Campinas, fechado pelo poder público em dezembro de 2001.

Desde 1990, uma parceria entre o Serviço de Saúde "Dr. Cândido Ferreira" e a Prefeitura Municipal de Campinas tem viabilizado o processo de humanização das formas de cuidado na saúde mental. Portas foram abertas, grades foram retiradas, foram abolidos o uso da camisa de força e a aplicação do eletrochoque. Com a desospitalização, os tratamentos se baseiam, desde então, no respeito aos direitos do portador de transtorno mental e buscam sua reinserção social e familiar, mantendo como objetivo principal a promoção da cidadania.  Por esta nova postura, o Cândido Ferreira é considerado referência no tratamento da saúde mental pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 1993. 

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