Campinas intensifica combate à dengue

10/01/2003

A Secretaria de Saúde confirmou 16 casos da doença nesta sexta-feira, 10 de janeiro. 15 são de pacientes que adoeceram no final do ano

Com a chegada do verão, época do ano que propicia a procriação do mosquito da dengue - Aedes aegypti -, a Prefeitura de Campinas está intensificando ainda mais o combate à doença. No próximo dia 20, a Secretaria de Saúde passa a contar com o reforço importante de 64 ajudantes de controle ambiental que também vão atuar na luta contra a enfermidade.

O processo de contratação destes profissionais teve início na última quinzena de dezembro e, agora, eles começam a atuar em ações de limpeza e colocação de telas em caixas d’água, verificação da presença de larvas do mosquito, aplicação de larvicida biológico, controle dos pontos de risco e demais atividades de controle. Pontos de risco são ferros-velhos, borracharias, sucateiros, recicladores e outros locais que, pela natureza de sua atividade, favorecem a proliferação do mosquito.

Nesta quinta-feira, 10, a Vigilância Epidemiológica de Campinas recebeu resultados de exames que confirmam mais 16 casos de dengue em moradores do município. Deste total, 15 são de pessoas que adoeceram na última quinzena de dezembro. Apenas um caso é de 2003. Ainda do total, cinco casos são importados – quando a pessoa foi infectada em outra cidade -, sete autóctones – caso contraído em Campinas - e quatro estão em investigação de origem. A Secretaria de Saúde ainda aguarda resultados de mais casos suspeitos deste ano e do ano passado.

Até o momento, os números de 2002 apontam que o município registrou 1.455 casos de dengue. Campinas enfrenta epidemia desde 1998, quando foram confirmados 1072 doentes. Em 99 foram 40. Em 2000, 61, e, em 2001, 735.

Cuidados com caixas d’água - Além dos ajudantes de controle ambiental, agentes comunitários de saúde e profissionais de todos as áreas da saúde estão diariamente nas ruas das cinco regiões da cidade para combater a doença. A tática é eliminar criadouros e orientar a população sobre os meios de prevenir o mosquito. E a população pode ajudar muito no combate à doença eliminando os focos do Aedes aegypti que estão dentro das residências e nos quintais.

É nos locais com água parada que o mosquito se reproduz. Pesquisa divulgada na última quinta-feira, 9, aponta que 80% dos criadouros estão dentro das casas. Os mais comuns são pratos de vasos de plantas, potes, recipientes de plásticos, latas, garrafas e pneus. Nas regiões com condições mais precárias, os tambores utilizados para armazenar água e caixas d’água sem tampa também foram apontados como criadouros potenciais.

Por isso, além das ações educativas, a Secretaria de Saúde está dando ênfase às caixas d’água. Ainda este mês, a Prefeitura deve receber do Ministério da Saúde tampas e capas para caixas d’água. O material será destinado, imediatamente, às residências cadastradas recentemente e apontadas como prioritárias. O Ministério deve enviar 1.270 tampas e 1.315 capas.

Nesta quinta-feira, 10, a Secretaria de Saúde promove arrastão para remoção de criadouros na área de abrangência do Centro de Saúde São Domingos, na região Sul. Na segunda-feira, 13, o cata-criadouro será na área do Centro de Saúde São Quirino, região Leste. Terça, 14, é a vez dos bairros na abrangência do Centro de Saúde Perseu, região Noroeste. Quarta, 15, a limpeza será na região Norte, no Santa Mônica. Quinta, a ação é na Sudoeste, na área do Centro de Saúde Santa Lúcia e, Sexta, 17, nos bairros que pertencem ao Centro de Saúde Figueira, localizado na região Sul.

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