Reunião define local para instalar módulo de saúde no Campinas E

13/01/2004

Prefeitura, Governo do Estado e construtora fazem nova tentativa de acordo

Por Paloma Lopes

Representantes da Prefeitura de Campinas, do Governo do Estado e da empresa Construtécnica Engenharia Ltda estarão reunidos, nesta quarta-feira 14 de janeiro, para definir se o barracão localizado na entrada do Conjunto Residencial Campinas E, da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), poderá ser utilizado para a instalação do módulo de saúde destinado à comunidade que vive no local.

Segundo Paulo Bonilha, médico coordenador do Distrito de Saúde Norte, as negociações ocorrem desde a data de inauguração da obra, no dia 1º de maio de 2003; no entanto, até o momento, nenhum acordo foi estabelecido entre as partes envolvidas. "Estivemos reunidos ontem com o representante do CDHU e ele se mostrou favorável ao nosso pedido de transformar o barracão, hoje utilizado como depósito de materiais de construção, em um módulo de saúde específico para a população que reside no conjunto. No entanto, o espaço pertence à empresa construtora, Construtécnica Ltda", afirma ele.

Paidéia. Bonilha explica que, há três meses, a comunidade conta com uma equipe de saúde do Paidéia (composta por médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários), uma vez que o Centro de Saúde (CS) São Marcos ficou sobrecarregado após a instalação do conjunto. "O CS já atende cerca de 28 mil moradores dos bairros Jardim São Marcos, Vila Esperança, Jardim Campineiro, Recanto da Fortuna, San Martin e Parque Cidade, por isso tivemos que criar uma equipe que ficasse encarregada das 2.340 famílias que vivem no CDHU", diz o coordenador.

No entanto, a falta de espaço compromete o trabalho desenvolvido pela equipe de saúde. "Muitas vezes eles ficam sem salas para realizar os atendimentos", ressalta Bonilha. Ele destaca também que os síndicos e outros representantes da comunidade que vivem no conjunto estão irritados com o CDHU e com a Construtécnica devido à demora para resolver a precariedade com relação à infra-estrutura para os moradores. "Essa falta de estrutura é muito mais responsabilidade do Estado do que do município", justifica Bonilha.

A proposta, segundo ele, é que os materiais de construção sejam transferidos para os centros comunitários do conjunto, cujas obras estão em fase de conclusão. "A empresa já liberou duas salas do barracão para cooperativas do Campinas E, portanto esperamos que nosso pedido seja atendido o mais rapidamente possível", pondera o coordenador.

Perspectivas. Bonilha conta que terá início ainda este ano a construção de um centro de saúde voltado exclusivamente à população que reside no Conjunto Residencial Campinas E, apesar de não ter sido uma demanda aprovada no Orçamento Participativo (OP) de 2003. "A Secretaria de Saúde conseguiu com o Ministério da Saúde uma verba suplementar para a construção do CS no local. O CDHU, por sua vez, ficará encarregado de ceder o terreno", enfatiza ele.

Volta ao índice de notícias