Construtora nega espaço para instalação de módulo de saúde no conjunto Campinas-E

15/01/2004

Denize Assis

A Construtécnica Engenharia Ltda, empresa responsável pelas obras do Conjunto Residencial Campinas-E, se recusou a ceder o barracão onde a Secretaria de Saúde de Campinas pretendia instalar provisoriamente o módulo de saúde da família destinado à comunidade que vive no local. A recusa foi comunicada verbalmente, no final da tarde de anteontem (14 de janeiro), pelo representante da empresa à Prefeitura, que já solicitou o encaminhamento de documento com a decisão.

A Secretaria Municipal de Saúde vai cobrar do secretário de Habitação do Estado, Barjas Negri, o compromisso de que o Governo de Estado iria se empenhar para definir um local para a instalação do módulo. O acordo foi firmado verbalmente com a secretária municipal de saúde, Maria do Carmo Cabral Carpintéro, no final de 2003 durante evento com a presença do governador em Campinas.

O Campinas-E foi inaugurado pelo Governo de Estado em 1 de maio de 2003 na região Norte do município entre o Recanto dos Pássaros e o Parque Cidade. No local moram aproximadamente 2.300 famílias que constituem uma população de aproximadamente 10 mil pessoas. Conforme prevê a Legislação, uma comunidade deste tamanho não pode ser instalada num local sem a devida estrutura de saúde e educação.

A Secretaria Municipal de Saúde, na tentativa de garantir assistência à comunidade, constituiu uma equipe de saúde do Paidéia exclusiva para atender aos moradores do conjunto. No entanto, segundo o médico Paulo Bonilha, coordenador do Distrito de Saúde Norte, a equipe atende no Centro de Saúde São Marcos, que ficou pequeno para tamanha demanda. A população do conjunto representa quase que a metade do público atendido pelo CS São Marcos, que é de 28 mil moradores.

A Prefeitura tem buscado todos os meios para solucionar a questão. Além de constituir uma equipe de saúde, segundo Bonilha, vai iniciar ainda este ano a construção de um centro de saúde voltado para a população do Campinas-E, apesar da demanda não estar prevista no Orçamento Participativo. O recurso para a obra deve vir de verba suplementar do Ministério da Saúde.

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