Câmara Temática discute restrição do atendimento na Unicamp

23/01/2004

Por Marco Aurélio Capitão

As discussões em torno da redução no atendimento por parte do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que inclui um eventual fechamento para o público das portas do Pronto-Socorro, tendem a caminhar para uma solução que vai contemplar, pelo menos em parte, as reivindicações da população de Campinas e cidades vizinhas. Esta avaliação foi feita ontem por Joaquim José Oliveira Filho, coordenador da Área de Urgência da Secretaria Municipal de Saúde, depois de mais uma reunião do grupo técnico da Câmara Temática de Saúde da Região Metropolitana de Campinas (RMC).

De acordo com ele, a Unicamp deverá restringir o atendimento, mas não fechará completamente o Pronto-Socorro. Outro avanço nas negociações, segundo Oliveira Filho, foi a inclusão de cidades da Região Metropolitana nas discussões.

A Câmara Temática reúne representantes da Secretaria de Saúde de Campinas, da Direção Regional de Saúde (DIR-12), do HC, da Unicamp e de municípios da região, mas estes últimos não estavam participando das negociações com a Unicamp. A proposta dos envolvidos é prosseguir com as discussões sobre o papel do HC dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) e a efetivação do controle social sobre o hospital.

Risco. Oliveira Filho ressaltou, ainda, que a disposição do HC da Unicamp de implantar o sistema de classificação de risco no seu Pronto-Socorro permite melhorar o atendimento, a partir da integração do hospital com a rede básica de saúde. A classificação de risco, já implantada no PS do Hospital Mário Gatti, é um sistema que identifica os pacientes que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento.

No encontro de ontem foram discutidos, entre outros temas, o papel do Pronto-Socorro da Unicamp no sistema de urgência e emergência da Rede Metropolitana de Campinas (RMC), o agendamento de uma oficina de trabalho, marcada para o próximo dia 16 de fevereiro, em local ainda incerto e, ainda, a apresentação do sistema de classificação de risco no PS da Unicamp.

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