Denize Assis
A Secretaria
de Saúde de Campinas distribuiu e instalou, desde 2001, mais
de 2 mil caixas d´água, além de 31,5 mil metros quadrados
de tela milimetrada e centenas de tampas e capas para vedação
dos recipientes em ações contra a dengue em toda cidade.
Somente no início deste ano, a Prefeitura deve distribuir
mais 1 mil capas e 664 tampas que já foram enviadas ao município
pelo Ministério da Saúde. A medida integra a série de
atividades desenvolvidas pela cidade para o controle e prevenção
da doença.
No ano
passado, Campinas registrou uma redução de quase 70% nos
casos de dengue em relação a 2002. Ao todo, em 2003, a Saúde
Coletiva confirmou 451 ocorrências, enquanto no ano retrasado
foram notificadas 1.458. Em todo País, de acordo com o Ministério
da Saúde, houve uma redução média de 62%.
A médica
veterinária Jeanette Trigo Nasser, coordenadora interina das
ações de controle da dengue em Campinas, informa que o
mosquito da dengue (Aedes aegypti) se reproduz na água
e como a caixa d’água é um reservatório muito grande, em
apenas um recipiente destampado ou mal vedado podem ser
encontradas milhares de larvas do inseto. "Por isso, os
recipientes de água também têm sido foco das nossas
atividades", diz.
A veterinária
diz que, como o acesso aos reservatórios normalmente é difícil,
as pessoas não promovem a limpeza com a periodicidade necessária
e muitas vezes nem verificam se está bem vedado. "O que
propicia a reprodução do mosquito". Ela explica que a
proliferação do Aedes aegypti é mais um fator de
risco para a dengue.
De acordo com
Jeanette, durante os trabalhos em campo no úlitmo semestre de
2003, as equipes da Secretaria de Saúde verificaram que as
caixas d´água junto com os pratos de vasos de planta
mantiveram a infestação do mosquito da dengue nos meses de
seca. "Com a chegada dos meses de calor e chuva, a
proliferação do inseto é certa e, com isso, basta uma
pessoa doente ser picada para desencadear a transmissão",
diz.
Os sintomas
da dengue são febre, dor de cabeça e no corpo e fraqueza.
Também podem surgir manchas pelo corpo. Ao apresentar algum
destes sinais, a pessoa deve procurar o Centro de Saúde ou o
Módulo de Saúde do Paidéia que é referência para seu
bairro.
Cuidados com
a caixa d´água que a população
deve adotar
para ajudar no combate à dengue
A caixa d’água
dever ser limpa a cada 6 meses conforme a seguinte orientação:
- Feche o
registro impedindo a entrada de água na caixa ou amarre a bóia;
- Esvazie a
caixa d’água, abrindo as torneiras e acionando as
descargas;
- Firme bem a
escada e tenha cuidado com os fios elétricos;
- Quando a
caixa estiver quase vazia, tampe a saída para que a água que
restou seja usada na limpeza e para que a sujeira não desça
pelo cano;
- Esfregue as
paredes e o fundo da caixa;
- Use somente
panos e escova para a limpeza;
- Nunca use
sabão, detergentes ou outros produtos;
- Retire a água
e o material que restaram da limpeza, usando pá, balde e
panos, deixando a caixa totalmente limpa;
- Deixe
entrar água na caixa até encher e acrescentar 1 litro de água
sanitária ( hipoclorito de sódio a 2%) para cada 1000 litros
de água;
- Não use de
forma alguma esta água por 2 horas;
- Passadas
estas 2 horas, feche o registro ou bóia para não entrar água
na caixa;
- Ao esvaziar
a caixa, esta água servirá também para limpar e desinfetar
os canos;
- Tampe a
caixa-d’água para que não entrem pequenos animais ou
insetos;
- Anote, do
lado de fora da caixa, a data da limpeza;
- Finalmente,
abra a entrada de água e pode usá-la.
Arrastões
contra a dengue:
Segunda-feira,
26 de janeiro – Centro de Saúde Taquaral, Região Leste
Terça-feira,
27 de janeiro – Centro de Saúde Perseu Leite de Barros,
Região Noroeste
Quarta-feira,
28 de janeiro – Centro de Saúde Aurélia, Região Norte
Quinta-feira,
29 de janeiro – Centro de Saúde São Cristóvão, Região
Sudoeste
Sexta-feira,
30 de janeiro – Centro de Saúde Orosimbo, Região Sul