Campinas registra primeiros casos de dengue do ano

07/01/2005

Denize Assis

A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou nesta sexta-feira, dia 7 de janeiro, os dois primeiros casos de dengue de 2005, sendo um deles autóctone - quando a pessoa é infectada no próprio município - e um importado. As duas pessoas são residentes na Região Sudoeste, uma delas na área do Centro de Saúde (CS) Santa Lúcia e a outra na abrangência do CS São Cristóvão, respectivamente. Os pacientes estão bem. O município não confirma casos da doença desde maio de 2004. Em todo ano passado foram confirmados 22, dos quais 16 importados e 6 autóctones.

De acordo com a Vigilância em Saúde, as ocorrências mostram que vírus da dengue está em circulação na cidade e, por isso, é necessário que as autoridades sanitárias estejam alertas. "A Secretaria de Saúde já estava atenta para a possível ocorrência de casos autóctones na cidade neste verão. "Os meses de chuva e calor são propícios à proliferação do mosquito Aedes aegypti. Também consideramos o grande fluxo e circulação de pessoas no período das festas de final de ano e das férias", diz a enfermeira sanitarista Brigina Kemp, da Vigilância em Saúde de Campinas.

Segundo Brigina, todas as medidas de controle e prevenção para diminuir o risco de novos casos já foram desencadeadas. A sanitarista informa que a equipe da Visa Sudoeste já desencadeou ‘busca ativa’ de outros casos suspeitos no local de moradia dos pacientes e este trabalho será ampliado na próxima segunda-feira, dia 10.

A Vigilância orienta aos profissionais de saúde do município para que estejam atentos a pessoas com febre a esclarecer acompanhada ou não de outro sintoma como dor de cabeça, dor no corpo, mal-estar e exantema (manchas vermelhas na pele). "É necessário que estes profissionais suspeitem, investiguem e notifiquem imediatamente os casos para que a Vigilância possa ser ágil para desencadear todas as medidas ambientais e sanitárias", afirma.

O médico sanitarista Vicente Pisani Neto, da Vigilância em Saúde, também reforça as orientações que já vinham sendo dadas sobre a possibilidade da ocorrência de casos graves e da forma hemorrágica da dengue. Todos os serviços de saúde da rede pública e privada devem estar atentos para fazer diagnóstico precoce da doença e, assim, proporcionar assistência adequada aos doentes. Além disso, a evolução clínica de cada paciente deve ser acompanhada.

"Somente desta maneira é possível detectar rapidamente formas mais graves e intervir no tratamento. Todos os casos devem ser notificados e, as formas graves, imediatamente informadas", diz Vicente. O sanitarista ainda alerta sobre a necessidade da participação de todos os seguimentos da sociedade nas medidas de combate ao mosquito da dengue. "O controle da doença e a expansão da epidemia estão diretamente relacionados às ações de controle, principalmente as de eliminação de criadouros", afirma o médico.

Saiba sobre a dengue - A dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado com o vírus. Esses mosquitos costumam picar durante o dia, principalmente no início da manhã e no final da tarde.

Os sintomas da doença são febre, dor de cabeça, dor no corpo e dor por trás dos olhos. A pessoa com dengue também pode apresentar dor nas juntas e manchas vermelhas na pele. Ao apresentar algum destes sinais, o cidadão deve procurar o Centro de Saúde, evitar medicamentos à base da ácido acetilsalicílico, como aspirina, AAS, melhoral, entre outros, e ingerir líquido em abundância.

A melhor maneira de prevenir a dengue é impedir a reprodução do mosquito. O mosquito procura água acumulada para colocar seus ovos em recipientes como pneus, latas, garrafas, vasos de planta, caixas d´água destampadas e piscinas não tratadas, entre outros.

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