Denize Assis
A Prefeitura
de Campinas intensificou nesta quinta-feira, dia 20 de
janeiro, as ações de assistência à saúde voltadas para
comunidades que moram nas áreas tomadas pelas enchentes. As
equipes de Saúde da Família, que desde ontem se deslocaram
dos Centros de Saúde para as comunidades atingidas, foram
reforçadas com mais profissionais, além de já contarem com
o apoio de supervisores e agentes de controle ambiental e
supervisão dos técnicos das Vigilâncias em Saúde (Visas).
No total, a Secretaria Municipal de Saúde mobilizou mais de
170 servidores da pasta para atender, em campo, os acometidos
pelo temporal e, além disso, disponibilizou toda estrutura
dos Centros de Saúde da cidade.
A Secretaria
de Saúde ainda alertou suas equipes para que tenham atenção
redobrada para sintomas das doenças transmitidas pela água,
por vetores, por alimentos contaminados e para o risco de
acidentes com animais peçonhentos. "A população
atingida por alagamentos está mais exposta a riscos de doenças
diarréicas e a outros agravos como leptospirose, hepatites e
tétano", informa o médico sanitarista Vicente Pisani
Neto, da Vigilância em Saúde de Campinas.
As ações em
campo, segundo Pisani, incluem distribuição de luvas, sacos
plásticos e hipoclorito de sódio (ou água sanitária), que
serve para desinfecção dos ambientes, superfícies e de
caixas d´água. Os profissionais orientam moradores sobre a
maneira correta de usar o produto e sobre a necessidade de
descartar alimentos e remédios atingidos pela água da
enchente.
"As
equipes ainda verificam se moradores das comunidades afetadas
precisam da vacina contra o tétano. Se houver condição técnica,
a vacina é feita no próprio local de moradia. Caso contrário,
a pessoa é encaminhada para o centro de saúde", diz a
farmacêutica Daise Fregni Hadich, coordenadora do Distrito de
Saúde Sudoeste.
Daise informa
que na Região Sudoeste, as comunidades mais afetadas são as
do Jardim Planalto de Viracopos, área do Centro de Saúde (CS)
Aeroporto, Jardim Bordon, abrangência do CS Santa Lúcia, e
Vila Palácio, no CS Capivari. Também há ocorrências na
Vila Vitória e no Vida Nova, ambos na área do CS União dos
Bairros.
Na Região
Sul, as áreas mais comprometidas estão localizadas às
margens do Córrego Taubaté, no Jardim do Lago 2, e no Jardim
das Bandeiras 2, na abrangência do CS São José. Na Região
Noroeste, as equipes atuaram na área do Florence e do bairros
Satélite Íris1, Satélite Íris 2 e Satélite Íris 3, área
do CS Ipaussurama. Os trabalhos prosseguem nesta sexta-feira,
dia 21.
Segundo dados
do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e do Centro de
Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas a
Agricultura (Cepagri), há 35 anos a cidade não registrava
uma chuva tão forte em um mês de janeiro. E a previsão é
de ocorram mais chuvas nesta sexta-feira.