Diagnóstico de Parques Públicos iniciou, na prática, Plano para Prevenção de Zoonoses

13/01/2006

Equipes da Prefeitura de Campinas promoveram nesta sexta-feira, 13 de janeiro, a primeira ação em campo do Plano Emergencial de Ação para Prevenção de Zoonoses. Instituído pelo Decreto 15.366, publicado ontem no Diário Oficial do Município, o plano é um complemento à Operação Verão de 2005/2006 e tem como objetivo a prevenção ampliada de febre maculosa, dengue e leptospirose e outras doenças de importância epidemiológica em Campinas e região.

Para a atividade de hoje foram mobilizadas equipes da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, do Departamento de Parques e Jardins da Secretaria Municipal de Infra-estrutura, e do Departamento de Meio Ambiente, da Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente (Seplama).

Os técnicos visitaram cinco parques públicos - Parque Portugal (Lagoa do Taquaral), Lago do Café, Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim, Parque Ecológico Hermógenes Leitão Filho, Recanto Yara e Parque Izak Rabin – para reconhecimento de campo e diagnóstico zoo-ambiental.

"A finalidade da visita foi identificar, classificar e quantificar a quantidade de animais, promover diagnóstico ambiental para conhecer o tipo de vegetação, além de avaliar a infestação por carrapatos. A partir destes dados, vamos elaborar projeto da melhor solução para cada caso", diz o médico sanitarista André Ricardo Ribas de Freitas, da Vigilância Epidemiológica Municipal.

Segundo André, o projeto para cada área inclui limpeza e manutenção freqüentes, com podas de mato e retiradas de folhiços, e impedimento total do acesso de capivaras, com construção de cerca adequada e gradeamento de tubulações e/ou confinamento de populações de animais em locais sem acesso ao público.

"No caso específico para abordagem de animais silvestres em parques públicos, como é o caso das capivaras, vai Prefeitura consultar e apresentar projeto executivo que possa receber anuência tanto do Ibama, quanto dos Ministérios Públicos Estadual e Federal", afirma o sanitarista.

O ação nos parques públicos tem como foco principal a prevenção da febre maculosa, mas o Plano Emergencial também prevê iniciativas para prevenção de dengue e leptospirose e as iniciativas práticas neste sentido também já foram desencadeadas com uma reunião, ontem, dia 12, com presença de gestores e técnicos dos Distritos de Saúde, Administrações Regionais (Ars) e Sub-Prefeituras responsáveis pelas regiões da cidade.

A reunião teve como objetivo elaborar um plano de trabalho emergencial que vai apontar áreas prioritárias para intervenção, como terrenos, praças e áreas de proteção ambiental, além de áreas privadas. "São áreas com lixo e mato, que oferecem risco para dengue, leptospirose e febre maculosa e demandam limpeza, roçada, limpeza de bueiros entre outras ações permanentes. Para tanto, serão apontados recursos", afirma a enfermeira sanitarista Maria Filomena Gouveia Vilela, da Vigilância em Saúde (Visa) de Campinas.

Em relação às áreas particulares, segundo Maria Filomena, a Administração vai orientar e estimular a iniciativa privada a realizar ações equivalentes às descritas para parques públicos. A sanitarista informa que, além das ações relacionadas ao controle da febre maculosa, o Plano Emergencial prevê ampla campanha de educação em saúde, comunicação e mobilização social.

Segundo Maria Filomena, o município já tem atuado como uma tática de trabalho preventiva, com uma intervenção competente no âmbito ambiental. "No entanto, o plano agiliza a articulação entre os vários setores da Prefeitura e possibilita intensificar o que já fazemos na rotina com a colocação em prática de várias frentes de trabalho" diz e reforça o convite à mobilização de toda Campinas no sentido de participar ativamente das ações de prevenção e controle destas doenças.

Denize Assis

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