A Prefeitura de Campinas avalia a possibilidade de
construir dentro do Bosque dos Jequitibás o abrigo
provisório para observação de cerca de 50 gatos sem
dono que vivem soltos no parque.
O local, atrás do Museu de História Natural, foi
apontado pela comissão que avalia possíveis áreas
para manter os animais isolados pelo prazo de 180
dias. A comissão é formada por técnicos da
Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), do
Centro de Controle de Zoonoses, do Bosque dos
Jequitibás e por representantes das entidades
protetoras de animais.
A medida de isolamento e observação dos gatos do
Bosque é necessária devido à possibilidade de
contaminação por raiva, após a confirmação de um
caso da doença em morcego encontrado morto dentro do
parque. Estes gatos podem passar a ser potenciais
transmissores da doença para o homem ou outros
animais.
Um ofício com a indicação da área foi encaminhado
para avaliação das protetoras, já que nem todas
entidades estão representadas na comissão. Após o
consentimento, a proposta de construção do abrigo no
Bosque será enviada para aprovação de órgãos
municipal, estadual e federal já que o Bosque dos
Jequitibás é área tombada e de preservação
ambiental.
“Se a área não for autorizada, os técnicos da
Secretaria de Saúde vão indicar outro local para
colocar os animais. Pela urgência do caso, existe
inclusive possibilidade de que este lugar seja o
Centro de Controle de Zoonoses que foi reformado e
tem todas as condições para manter os animais”,
afirma o médico veterinário sanitarista Antonio
Carlos Coelho Figueiredo, coordenador do CCZ de
Campinas.
Carlos Figueiredo reforçou que a principal
orientação para a população é que os visitantes do
Bosque não toquem, não brinquem, não ofereçam
alimentos aos animais encontrados soltos
(particularmente os gatos) em toda área do Bosque e,
principalmente, que não abandonem animais em áreas
públicas ou em outros lugares na cidade.
O coordenador disse ainda que as pessoas não devem
manipular morcegos em hipótese alguma. Os morcegos
encontrados caídos, pousados em áreas iluminadas ou
com dificuldades de vôo devem ser notificados ao CCZ
para recolhimento e exame laboratorial. As pessoas
que indevidamente mantêm contato com morcegos devem
procurar o serviço de saúde mais próximo de sua
residência para orientações e avaliação da
necessidade de tratamento médico contra a raiva. O
telefone do CCZ é 3245-1219.
Denize Assis