A Prefeitura de Campinas iniciou nesta quarta-feira,
17 de janeiro, a transferência dos gatos do Bosque
dos Jequitibás para o Centro de Controle de Zoonoses
(CCZ) da Secretaria Municipal de Saúde.
Inicialmente, apenas sete animais foram levados para
que os técnicos possam avaliar a adaptação deles ao
novo ambiente. O trabalho terá continuidade na
sexta-feira, dia 19, período em que a equipe
estipulou como necessário para verificar o
comportamento dos gatos no local.
Os animais serão mantidos sob observação no CCZ por
um período de 180 dias. A medida, preconizada pela
Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da
Saúde, é necessária porque existe a possibilidade de
um ou mais gatos terem tido contato com um morcego
doente de raiva encontrado dentro do Bosque, terem
se infectado e passarem a ser transmissores da
doença para as pessoas e para outros animais.
A raiva é uma doença que atinge todos os mamíferos,
inclusive o homem, e não tem cura. Em todos os
casos, sem exceção, a doença evolui para a morte.
A operação foi acompanhada por representantes das
entidades protetoras de animais e por protetores
independentes. A Secretaria de Saúde registrou dois
incidentes durante a ação, provocados por protetores
independentes que não fazem parte da comissão
nomeada para fazer este acompanhamento.
Um deles acionou a Polícia para denunciar,
equivocadamente, maus-tratos dos animais. O outro
incidente refere-se a um protetor que retirou um dos
animais da viatura e colocou-o no seu próprio carro,
sem considerar os riscos que esta atitude
representa.
Os incidentes levaram o Secretário de Saúde de
Campinas, José Francisco Kerr Saraiva, a chamar as
entidades para reafirmar que o acesso ao CCZ, mais
especificamente aos gatis de observação, está
restrito apenas aos integrantes da comissão. A
reunião contou com a presença do presidente do
Conselho Municipal de Saúde, Ercindo Mariano Júnior.
Denize Assis