Festa encerra Projeto Férias no Cevi

31/01/2007

O Centro de Vivência Infantil (Cevi), da Secretaria de Saúde de Campinas, promoveu uma festa na manhã desta quarta-feira, 31 de janeiro, para marcar o encerramento do Projeto Férias. O projeto, que aconteceu durante todo mês de janeiro, conduziu as crianças a atividades culturais externas como visitas a museus e ao SESC, idas ao teatro e ao cinema entre outras.

O Cevi é um Centro de Atenção Psicossocial Infantil (Capsi II) que atende crianças e adolescentes até 16 anos de idade com transtornos mentais graves, problemas que atingem 3% das crianças.

“O objetivo do Projeto Férias é promover a inclusão social. Ao todo, 40 crianças participaram das atividades. Foram momentos de muita alegria, de participação intensa”, informa a psicóloga familiar Eliana M. G. Leite Figueiredo, coordenadora do Cevi.

Os passeios aconteceram sob supervisão da equipe multidisciplinar do Caps e na companhia dos pais. Uma das participantes foi Larissa Rodrigues Silva Melo, de 7 anos. Autista, Larissa é acompanhada pelo Caps há quatro anos. Segundo sua mãe, a servidora Maria Cícera, o Projeto Férias é importante porque tira as crianças da rotina e leva-as para a comunidade. “As crianças gostam muito. Eu também. Todo ano tem”, diz.

Ao retornar das atividades, as crianças produziram trabalhos e desenvolveram brincadeiras relacionadas aos passeios. Foram dezenas de desenhos, pinturas, brincadeiras como o mundo da fantasia e o labirinto dos sentidos. O produto das oficinas foi exposto hoje, durante a festa, numa sala que tentou reproduzir o ambiente do Museu de Arte Contemporânea de Campinas (MACC), um dos locais visitados pelas crianças. Além da exposição, a festa teve brincadeiras, apresentação de vídeos, comidas e bebidas.

Saiba mais.

O Cevi oferece atenção multidisciplinar, com ênfase no atendimento familiar grupal. O objetivo é contribuir para o desenvolvimento das crianças e adolescentes capacitando-os para participação ativa na vida familiar, escolar e social. “Nós investimos na infância para que o cidadão não necessite de um Caps de adulto”, diz Eliana.

Segundo a coordenadora, as crianças são encaminhadas para o Cevi após avaliação das equipes de referência dos centros de saúde ou serviços especializados. “As equipes de saúde da família devem assumir os casos antes do encaminhamento, para facilitar a inclusão das famílias nos outros recursos disponíveis na comunidade. O objetivo maior do Cevi é promover a autonomia para que a criança se reconheça como pessoa, saiba se cuidar, passe a ocupar espaços e saia da vida familiar para o mundo. O projeto férias acontece dentro desta proposta”, afirma Eliana.

O Capsi Cevi é mantido com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). Tem 16 anos e foi o segundo Caps infantil implantado no Brasil. É referência para os municípios da região e de outras localidades do Estado de São Paulo, que procuram o Cevi de Campinas para conhecer o trabalho da unidade e adotar o modelo em seus territórios.

A unidade promove capacitação em saúde mental para pediatras que atuam nas unidades básicas da rede pública municipal de saúde, com objetivo de sensibilizar os profissionais para o diagnóstico precoce da depressão e do autismo.Também é campo de estágio supervisionado para alunos da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Campinas).

A média de atendimento do Cevi é de 70 crianças. A equipe multidisciplinar da unidade conta com fonoaudiólogas, psiquiatra, terapeutas ocupacionais, assistente social, psicólogas, enfermeira, auxiliares de enfermagem e auxiliar administrativo. O Cevi fica na rua Antônio Lapa, 240, no Cambuí. O telefone da unidade é 3255-5281. A unidade também pode ser contatada pelos endereços eletrônicos saúde.cevi@campinas.sp.gov.br ou cevi_cevi@bol.com.br

Denize Assis

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