O Centro de Vivência Infantil (Cevi), da Secretaria
de Saúde de Campinas, promoveu uma festa na manhã
desta quarta-feira, 31 de janeiro, para marcar o
encerramento do Projeto Férias. O projeto, que
aconteceu durante todo mês de janeiro, conduziu as
crianças a atividades culturais externas como
visitas a museus e ao SESC, idas ao teatro e ao
cinema entre outras.
O Cevi é um Centro de Atenção Psicossocial Infantil
(Capsi II) que atende crianças e adolescentes até 16
anos de idade com transtornos mentais graves,
problemas que atingem 3% das crianças.
“O objetivo do Projeto Férias é promover a inclusão
social. Ao todo, 40 crianças participaram das
atividades. Foram momentos de muita alegria, de
participação intensa”, informa a psicóloga familiar
Eliana M. G. Leite Figueiredo, coordenadora do Cevi.
Os passeios aconteceram sob supervisão da equipe
multidisciplinar do Caps e na companhia dos pais.
Uma das participantes foi Larissa Rodrigues Silva
Melo, de 7 anos. Autista, Larissa é acompanhada pelo
Caps há quatro anos. Segundo sua mãe, a servidora
Maria Cícera, o Projeto Férias é importante porque
tira as crianças da rotina e leva-as para a
comunidade. “As crianças gostam muito. Eu também.
Todo ano tem”, diz.
Ao retornar das atividades, as crianças produziram
trabalhos e desenvolveram brincadeiras relacionadas
aos passeios. Foram dezenas de desenhos, pinturas,
brincadeiras como o mundo da fantasia e o labirinto
dos sentidos. O produto das oficinas foi exposto
hoje, durante a festa, numa sala que tentou
reproduzir o ambiente do Museu de Arte Contemporânea
de Campinas (MACC), um dos locais visitados pelas
crianças. Além da exposição, a festa teve
brincadeiras, apresentação de vídeos, comidas e
bebidas.
Saiba mais.
O Cevi oferece atenção multidisciplinar, com ênfase
no atendimento familiar grupal. O objetivo é
contribuir para o desenvolvimento das crianças e
adolescentes capacitando-os para participação ativa
na vida familiar, escolar e social. “Nós investimos
na infância para que o cidadão não necessite de um
Caps de adulto”, diz Eliana.
Segundo a coordenadora, as crianças são encaminhadas
para o Cevi após avaliação das equipes de referência
dos centros de saúde ou serviços especializados. “As
equipes de saúde da família devem assumir os casos
antes do encaminhamento, para facilitar a inclusão
das famílias nos outros recursos disponíveis na
comunidade. O objetivo maior do Cevi é promover a
autonomia para que a criança se reconheça como
pessoa, saiba se cuidar, passe a ocupar espaços e
saia da vida familiar para o mundo. O projeto férias
acontece dentro desta proposta”, afirma Eliana.
O Capsi Cevi é mantido com recursos do Sistema Único
de Saúde (SUS). Tem 16 anos e foi o segundo Caps
infantil implantado no Brasil. É referência para os
municípios da região e de outras localidades do
Estado de São Paulo, que procuram o Cevi de Campinas
para conhecer o trabalho da unidade e adotar o
modelo em seus territórios.
A unidade promove capacitação em saúde mental para
pediatras que atuam nas unidades básicas da rede
pública municipal de saúde, com objetivo de
sensibilizar os profissionais para o diagnóstico
precoce da depressão e do autismo.Também é campo de
estágio supervisionado para alunos da Pontifícia
Universidade Católica (PUC-Campinas).
A média de atendimento do Cevi é de 70 crianças. A
equipe multidisciplinar da unidade conta com
fonoaudiólogas, psiquiatra, terapeutas ocupacionais,
assistente social, psicólogas, enfermeira,
auxiliares de enfermagem e auxiliar administrativo.
O Cevi fica na rua Antônio Lapa, 240, no Cambuí. O
telefone da unidade é 3255-5281. A unidade também
pode ser contatada pelos endereços eletrônicos
saúde.cevi@campinas.sp.gov.br
ou cevi_cevi@bol.com.br
Denize Assis