Autor: Denize Assis
A Prefeitura de Campinas recebeu nesta quarta-feira, dia 7 de janeiro, um representante da
Fundação Melinda Gates, o sr. Hubert Selva Nathan, e a consultora da Organização Mundial de
Saúde (OMS), Beatriz de Faria Leão. Eles vieram para conhecer o SIGA-Saúde, um sistema
informatizado (software) de apoio à gestão das unidades de saúde, que está na segunda fase de
implantação na Secretaria de Saúde de Campinas.
De manhã, Hubert e Beatriz reuniram-se com os secretários de Saúde, José Francisco Kerr Saraiva;
o secretário Extraordinário de Gestão e Controle, Luis Landes da Silva Pereira; o coordenador da
Central de Informação e Informática da Secretaria de Saúde, Moacyr Perche; o analista da
coordenadoria de Informação e Informática, Osmar Campos; a diretora interina de Saúde, Lígia
Aparecida Neaime de Almeida; a diretora do Departamento de Gestão e Desenvolvimento
Organizacional, Maria Cecília Brandt Piovesan; e a assessora-chefe de Gabinete da Secretaria de
Saúde, Carla Rosana Guilherme Silva.
A visita é parte de uma avaliação internacional da Fundação Melinda Gates e da Fundação
Rockfeller sobre softwares de gestão de saúde pública e seu impacto prático. Após serem
recepcionados no 4º andar da Prefeitura e serem informados sobre o Sistema Único de Saúde (SUS)
e o SIGA, a equipe foi ao CS Costa e Silva, na região leste, para conhecer de perto o sistema.
Segundo Moacyr Perche, além do SIGA-Saúde, outras duas experiências mundiais já foram avaliadas
pela equipe. No Brasil, eles visitaram São Paulo, Campinas e seguem para Camaçari, na Bahia.
Estes foram os três primeiros municípios brasileiros a adotarem o SIGA-Saúde. Diadema está em
fase de implantação.
“Discutimos bastante o potencial da fundação Melinda Gates para fomentar uma comunidade de
usuários do SIGA. O objetivo é racionalizar o desenvolvimento do software e garantir o seu
crescimento de maneira uniforme, de forma que o que um município desenvolva, o outro possa
usar, multiplicando os esforços de melhoria. Eles se disseram impressionados com o potencial
da estratégia de saúde da família que o SIGA incorpora como ferramenta para melhoria da saúde
pública”, disse Moacyr.
Saiba mais. O SIGA-Saúde foi idealizado pelo Ministério da Saúde e desenvolvido em conjunto
com a Prefeitura de São Paulo, tendo sido implantado primeiro no município de São Paulo.
Trata-se de um sistema on-line, 100% via internet, e funciona assim: Quando o paciente procura
o Centro de Saúde ou outra unidade da rede pública de saúde, seus dados pessoais são digitados
num terminal que, caso o paciente ainda não esteja cadastrado, emite imediatamente o cartão de
identificação do paciente usado no sistema nacional de saúde, SUS.
Por meio desta identificação é possível recuperar todas as informações referentes aos
tratamentos que já tenha recebido, quando e onde foi tratado, quais medicamentos está
tomando, qual o diagnóstico e o encaminhamento dado e outras informações sobre seu
histórico de saúde.
Além de gerar o histórico de saúde de cada paciente, o sistema permite controlar o fluxo
e a organização dos serviços e encaminhá-lo para exames, especialistas ou para o Pronto-Socorro
ou Hospital mais próximos. Por ser um sistema totalmente integrado, cada unidade de atendimento
está identificada e conectada ao resto da rede de saúde.
“A base de dados unificada permite agilizar o atendimento, reduzir tempo de espera, facilitar
o trabalho dos profissionais de saúde e, conseqüentemente, otimizar o sistema qualificando a
assistência e ampliando o acesso à população. Sem dúvida, representou um grande avanço”, disse
Moacyr.
Segundo ele, o SIGA já está implantado em todas as unidades de saúde – em todas já existe algum
módulo em funcionamento -, com cadastro e agenda eletrônica pelo sistema. “Estamos agora na fase
de expansão do sistema com a migração do Sol – Sistema on-line pelo qual é possível marcar
consultas de especialidade por computadores ligados em rede - e da Central de Regulação para o
SIGA”, informou Moacyr.