Lago do Café recebe visita técnica do Ibama

15/01/2009

Autor: Alessandra Sabbatini e Denize Assis

Uma equipe da Prefeitura de Campinas - composta por integrantes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), da Vigilância em Saúde, do Distrito de Saúde Leste e do Departamento de Parque e Jardins (DPJ) –, junto com um representante da Superintendência do Controle de Endemias (Sucen), recebeu na manhã desta quarta-feira, dia 14 de janeiro, dois analistas ambientais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para uma visita técnica ao Lago do Café.

A área é um dos principais parques públicos da cidade, está localizada próxima à Lagoa do Taquaral, na região leste de Campinas, e foi fechada à visitação pública na segunda quinzena de outubro para diminuir o risco de parasitismo humano por carrapatos transmissores da febre maculosa – Amblyoma cajennense – uma vez que há casos confirmados da doença no local.

A visita do Ibama teve como objetivo dar continuidade à análise da área visando a adoção de medidas pertinentes ao controle da população de capivaras existente no local.

A primeira parte deste trabalho envolveu a elaboração de três relatórios. O primeiro deles, elaborado pela Sucen, caracterizando a área do Parque como de potencial risco para a febre maculosa devido à presença de capivaras e de carrapatos infectados pela bactéria causadora da doença Rickettisia rickttisie.

Os outros relatórios, elaborados em conjunto pelo Centro de Controle de Zoonoses e Departamento de Parques e Jardins (DPJ), caracterizando a população de capivaras, a área geográfica e os recursos naturais existentes para a subsistência da população destes animais no local.

O coordenador do Centro de Controle de Zoonoses, Antonio Carlos Coelho Figueiredo, explica que com os documentos em mãos os ambientalistas do Ibama vieram analisar se os relatórios são condizentes com a realidade e se o parque apresenta condições de segurança para que não haja reintrodução de novas capivaras.

“O local é cercado por grades de proteção no canal de saída de água da lagoa para evitar a entrada dos animais, além dos alambrados e muros, o que impede a entrada de novas capivaras”, afirma Carlos.

Após a visita técnica, os analistas retornaram para São Paulo com as informações e, em conjunto com a superintendência do Ibama, vão decidir o destino das capivaras, que atualmente constituem uma população de 35 animais.

De acordo com analista ambiental, Cláudio Massao Kawata, a avaliação preliminar da superintendência do Ibama deve sair até o final de fevereiro. “Os relatórios serão analisados e então os técnicos da Prefeitura de Campinas terão subsídios para programar a reabertura do parque à visitação bem como instituir as medidas necessárias para o controle da população de capivaras propostas pelo Ibama”, afirmou Kawata.

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