Autor: Alessandra Sabbatini e Denize Assis
Uma equipe da Prefeitura de Campinas - composta por integrantes do Centro de Controle de Zoonoses
(CCZ), da Vigilância em Saúde, do Distrito de Saúde Leste e do Departamento de Parque e Jardins
(DPJ) –, junto com um representante da Superintendência do Controle de Endemias (Sucen), recebeu
na manhã desta quarta-feira, dia 14 de janeiro, dois analistas ambientais do Instituto Brasileiro
de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para uma visita técnica ao Lago do Café.
A área é um dos principais parques públicos da cidade, está localizada próxima à Lagoa do Taquaral,
na região leste de Campinas, e foi fechada à visitação pública na segunda quinzena de outubro para
diminuir o risco de parasitismo humano por carrapatos transmissores da febre maculosa – Amblyoma
cajennense – uma vez que há casos confirmados da doença no local.
A visita do Ibama teve como objetivo dar continuidade à análise da área visando a adoção de medidas
pertinentes ao controle da população de capivaras existente no local.
A primeira parte deste trabalho envolveu a elaboração de três relatórios. O primeiro deles, elaborado
pela Sucen, caracterizando a área do Parque como de potencial risco para a febre maculosa devido à
presença de capivaras e de carrapatos infectados pela bactéria causadora da doença Rickettisia
rickttisie.
Os outros relatórios, elaborados em conjunto pelo Centro de Controle de Zoonoses e Departamento de
Parques e Jardins (DPJ), caracterizando a população de capivaras, a área geográfica e os recursos
naturais existentes para a subsistência da população destes animais no local.
O coordenador do Centro de Controle de Zoonoses, Antonio Carlos Coelho Figueiredo, explica que com
os documentos em mãos os ambientalistas do Ibama vieram analisar se os relatórios são condizentes
com a realidade e se o parque apresenta condições de segurança para que não haja reintrodução de
novas capivaras.
“O local é cercado por grades de proteção no canal de saída de água da lagoa para evitar a entrada
dos animais, além dos alambrados e muros, o que impede a entrada de novas capivaras”, afirma Carlos.
Após a visita técnica, os analistas retornaram para São Paulo com as informações e, em conjunto com
a superintendência do Ibama, vão decidir o destino das capivaras, que atualmente constituem uma
população de 35 animais.
De acordo com analista ambiental, Cláudio Massao Kawata, a avaliação preliminar da superintendência do
Ibama deve sair até o final de fevereiro. “Os relatórios serão analisados e então os técnicos da
Prefeitura de Campinas terão subsídios para programar a reabertura do parque à visitação bem como
instituir as medidas necessárias para o controle da população de capivaras propostas pelo Ibama”,
afirmou Kawata.