Autor: Denize Assis
A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância em Saúde, acaba de divulgar informe
técnico onde alerta profissionais de toda a rede pública municipal de saúde sobre a febre
amarela, comunica acerca de recentes notificações de óbitos entre humanos e dá novas
recomendações para vacinação de viajantes em relação a áreas consideradas de risco, que foram
ampliadas.
O Ministério da Saúde notificou, neste mês de janeiro, óbitos humanos por febre amarela no
Rio Grande do Sul. Por isso, segundo o informe, uma maior atenção deve ser dispensada tanto
na indicação da vacina a indivíduos que vão se deslocar para as áreas de risco naquele estado
quanto na investigação de quadros febris ictero-hemorrágicos agudos em pacientes procedentes
daquela região.
O informe aponta as novas áreas com risco de transmissão no Estado de São Paulo – que passou
a incluir mais 38 municípios na região de Bauru e 11 da de Araraquara - e demais localidades
do território nacional, conforme documento técnico emitido pelo Centro de Vigilância
Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, em 23 de dezembro de 2008.
No estado, devem ser imunizadas, com pelo menos 10 dias de antecedência, pessoas com idade
a partir de 9 meses que não receberam dose da vacina nos últimos 10 anos e que residam ou
que se deslocam para áreas ribeirinhas e de mata em municípios das seguintes cidades:
Presidente Prudente; Presidente Venceslau; Araçatuba; Jales; São José do Rio Preto; Barretos;
Franca; Ribeirão Preto; Araraquara; Bauru; e parte de Marília.
No território nacional, devem ser vacinados cidadãos com idade superior a 9 meses que não
receberam a vacina na última década e que residam ou se deslocam para os seguintes estados:
Acre; Amapá; Amazonas; Pará; Rondônia; Roraima; Distrito Federal; Goiás; Tocantins; Mato Grosso
do Sul; Mato Grosso; Maranhão; Minas Gerais; região noroeste de São Paulo; parte dos estados
da Bahia, Paraná, Piauí, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Em relação às viagens internacionais, tendo em vista o grande deslocamento de turistas nesta
época do ano, o documento recomenda vacinação conforme listas dos países em que existe a
transmissão da doença e daqueles que exigem o Certificado Internacional de Vacinação. Para
maiores informações: http://www.who.int/en/ e
http://wwwn.cdc.gov/travel/yellowBookCh4-YellowFever.aspx.
“A vacinação é a única medida que temos para evitar a contaminação da doença. Por isso é
muito importante que as pessoas que vão para essas regiões tomem a vacina com pelo menos
10 dias de antecedência”, afirma a médica Naoko da Silveira, sanitarista da Vigilância em
Saúde de Campinas.
A doença. A febre amarela é uma doença infecciosa viral aguda, transmitida por mosquitos e
que pode levar à morte, se não for tratada rapidamente. Após a picada do mosquito infectado,
a doença demora de três a seis dias para se manifestar. Os sintomas mais comuns são febre
alta, calafrios, vômitos, dores no corpo, pele e olhos amarelados, sangramentos, fezes cor
de ‘borra de café’ e diminuição da urina.
As pessoas que já foram imunizadas há menos de dez anos não precisam ser revacinadas. Pessoas
imunodeprimidas (portadores de doenças que afetam o sistema imunológico do organismo) não
devem tomar a vacina.
Em Campinas, a vacina contra a febre amarela está disponível nas unidades abaixo: