Estratégia nacional contra Gripe A prevê vacinação de cerca de 300 mil campineiros

29/01/2010

Autor: Assessoria de Imprensa da Secretaria de Saúde

Assim que a estratégia nacional de enfrentamento da Influenza A (H1N1) foi anunciada na última terça-feira, 26, pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a Secretaria Municipal de Saúde de Campinas (SMS) inicia os preparativos para vacinar um público estimado de cerca de 300 mil pessoas no município. A SMS faz questão de ressaltar que a estratégia adotada pelo Ministério da Saúde não é evitar a disseminação do vírus, que já está presente em 209 países de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mas manter os serviços de saúde funcionando e reduzir o número de casos graves e óbitos.

Brigina Kemp, coordenadora da Vigilância Epidemiológica da SMS, explica que um dos principais pilares da campanha, ao lado do reforço na rede de assistência, será a vacinação de públicos prioritários, em quatro etapas. O Plano de ação do Ministério da Saúde inclui, além das vacinas, recursos para fortalecer a atenção básica, ampliar o número de leitos de UTI e aumentar o estoque de medicamentos para o tratamento da doença.

Cada uma das quatro etapas da vacinação será voltada a um público específico. Os grupos prioritários foram definidos pelo Ministério da Saúde em parceria com sociedades científicas, Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Brasileira de Enfermagem (ABEN), Conselhos de Secretários Estaduais (CONASS) e Municipais (CONASEMS) de Saúde e o Grupo Assessor do Programa Nacional de Imunizações.

Na primeira fase, e 8 a 19 de março, serão contemplados os trabalhadores da rede de atenção à saúde e profissionais envolvidos no enfrentamento da pandemia. De acordo com estimativas da SMS de Campinas, em torno de 32 mil pessoas se incluem nesse público na cidade.

Entre os trabalhadores da primeira fase incluem-se médicos, enfermeiros, recepcionistas, pessoal de limpeza e segurança, motoristas de ambulância, equipes de laboratório e profissionais que atuam na investigação epidemiológica. Brigina lembra que a inclusão dos profissionais da saúde na primeira etapa objetiva manter os serviços de saúde funcionando sem desfalque de profissionais.

A segunda etapa, entre 22 de março e 2 de abril, abrangerá grávidas em qualquer período de gestação, pessoas com problemas crônicos (exceto idosos, que serão chamados posteriormente) e crianças de seis meses a dois anos. Pelos cálculos da SMS, em Campinas são aproximadamente 13 mil gestantes e 34 mil crianças de e 6 meses a dois anos.

A coordenadora da Vigilância Epidemiológica da SMS esclarece que ainda falta definir, em Campinas, a quantidade da população que inclui doentes crônicos e idosos com mais de 60 anos acometidos de doenças crônicas. Na lista, entram doenças do coração, pulmão, fígado, rins e sangue; diabéticos, pessoas com debilitação do sistema imunológico e obesos grau 3.

Adultos de 20 a 29 anos são o público-alvo da terceira fase, que vai de 5 a 23 de abril. Em Campinas esse público é estimado em torno de 186 mil pessoas. A quarta e última etapa, de 24 de abril a 7 de maio, coincide com a campanha anual de vacinação contra a gripe comum. Nesse período, os idosos serão imunizados para a influenza sazonal, como todos os anos. Se tiverem doenças crônicas, receberão a vacina contra a gripe pandêmica. A estratégia foi elaborada para que a população dessa faixa etária se dirija aos locais de vacinação apenas uma vez.

“Essa campanha é um grande desafio porque abrange diversos grupos populacionais e requer estratégias diferentes. Estamos com a atenção voltada para essa tarefa e vamos trabalhar para que a população tenha toda a proteção contra essa pandemia”, diz Brigina Kemp. Ela adianta que na próxima semana tem uma reunião agendada com profissionais da área de vigilância e da assistência de Campinas para definir estratégias de enfrentamento da segunda onda da pandemia e da operacionalização a campanha.

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