CCZ vai esterilizar mil cães e gatos com recursos do PAC Anhumas

13/01/2012

Autor: Marco Aurélio Capitão

Tem início nesta terça-feira, 17 de janeiro, o Programa de Esterilização Cirúrgica de Cães e Gatos na Região do PAC Anhumas. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria Municipal de Campinas pretende esterilizar cerca de mil animais entre cães e gatos que vivem nas áreas de abrangência dos Centros de Saúde são Quirino, 31 de Março, Boa Esperança e Conceição, na região leste do município.

A castração de animais está entre as ações integradas que atendem prioridades elencadas pelos beneficiários do PAC Anhumas - Programa de Aceleração do Crescimento, do Governo Federal. É o chamado PAC Social, que inclui, entre outras coisas, apoio às populações instaladas em áreas de risco e de vulnerabilidade social.

Ricardo Conde Alves Rodrigues, médico veterinário do CCZ de Campinas, coloca que diminuir o número de animais abandonados em Campinas é um desafio enorme e que iniciativas como essa podem contribuir para minimizar o problema. O médico veterinário calcula que Campinas deve contar hoje com cerca de 170 mil cães, a maioria domiciliada.

Ricardo faz questão de destacar que a campanha atende os cães que possuem donos. No entanto, tem uma proposta importante que é a de diminuir o abandono e o número de cães que nascem de ninhadas indesejadas, além de aumentar o vínculo do proprietário com seus animais.

Interessados em participar do programa, que residam na área de atenção dos Centros de Saúde são Quirino, 31 de Março, Boa Esperança e Conceição devem se dirigir à unidade mais próxima de sua residência para efetuar o cadastro do seu animal. Até esta sexta-feira, 13 de janeiro, cerca de quatrocentos cães e gatos já haviam sido cadastrados nessas unidades de saúde.

Após o cadastro, o morador deve aguardar um telefonema do Centro de Saúde, quando será orientado a levar seu mascote ao Centro de Saúde num horário determinado. “Dali, o animal será transportado em gaiola individual até o CCZ. Em seguida – explica Ricardo – os bichos passam por um período de descanso, recebem o pré-anestésico, a anestesia e são esterilizados”.

Terminado o procedimento, ao se restabelecer da anestesia, o animal é levado de volta ao Centro de Saúde e seu proprietário será convocado a ir retirá-lo. Ao ser entregue ao seu dono, o bicho de estimação estará medicado com analgésico, antibiótico e protegido com o colar elizabetano, um equipamento em forma de abajur que impede que ele lamba ou arranque os pontos.

Viracopos – No ano passado, 1.200 cães e gatos que vivem na região do entorno do Aeroporto de Viracopos foram esterilizados com recursos provenientes do Plano de Aceleração do Crescimento, o chamado PAC Social, que prevê direcionamento de verbas para investimento em infra-estrutura, o que inclui, entre outras coisas, apoio às populações instaladas em áreas de risco e de vulnerabilidade social.

Maria Filomena de Gouveia Vilela, diretora da Vigilância em Saúde (Covisa) da Secretaria Municipal de Saúde, como havia dito no início da campanha de castração em Viracopos, lembrou que existe uma lacuna na linha de financiamento para castração de animais, pois a responsabilidade do SUS é com o Centro de Controle de Zoonoses e a castração acaba sob a tutela de outras secretarias que, muitas vezes, extrapolam suas ações para resolver esse problema que, na verdade, é multissetorial.

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